As buscas pela menina de 12 anos que desapareceu após cair em um bueiro, no Centro de Dias D'Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), passaram de 24h na tarde desta quinta-feira (28), sem indício de paradeiro. Drones, helicóptero, câmeras especiais que conseguem passar pelas galerias subterrâneas de água, sonda e cães farejadores são usados no trabalho, que não foram interrompidos e seguem sem previsão de parada.
Amanda Max Teles da Silva tinha acabado de sair da escola e atravessava a Avenida Lauro de Freitas, quando aconteceu o acidente. O bueiro fica em frente à instituição de ensino onde ela estuda, sob uma estrutura ferroviária.
A menina usava a fardamento escolar, segurava um guarda-chuva amarelo para se proteger da chuva e carregava uma mochila, que foi localizada na tarde desta quinta, em uma área de vegetação a cerca de 2 km de onde caiu.
Uma câmera de segurança registrou a queda, às 12h22 de quarta-feira (27). Nas imagens, a adolescente tropeça bem ao lado da "boca" do bueiro e, em seguida, cai, desaparecendo das imagens.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM-BA) e a prefeitura, cerca de 80 militares atuam na região, além de voluntários que se juntaram à equipe desde o início das buscas.
Conforme divulgaram as autoridades, são cerca de 700 metros de tubulação, cuja água que segue até o rio Imbassaí. O espaço até o desemboque é estreito, com difícil movimentação e até condições de respiração, o que dificulta os trabalhos. Por isso, é necessário o uso de câmeras. Equipamentos de ponta foram cedidos por uma empresa de engenharia, que percorreu as galerias subterrâneas.
Há, ainda, buscas uma área de mata, que recebeu a água da chuva que atingiu a cidade na quarta-feira e provocou pontos de alagamento. Imagens compartilhadas pelo CBM-BA mostram grupos percorrendo essa região. Os profissionais aparecem no vídeo caminhando em meio à lama, em busca de sinais da menina.
Em entrevista à TV Bahia, o major Flávio Rodrigo, subcomandante do grupamento aéreo do CBM-BA, explicou o processo.
"As galerias foram os primeiros locais a serem observados, posteriormente o caminho até chegar o rio e depois margeando o rio. Com o tempo, a gente vai observando que a altura da água traz outras possibilidades, variações para áreas que não seriam o caminho da água", explicou.
"A gente divide as equipes, fazendo uma busca ampla, para que não fique nenhum local sem ser observado. Nós temos equipes dos bombeiros avançando por dentro das árvores, chegando a cortar algumas árvores, abrir espaço, para que a gente possa buscar em cada local onde ela possa ser encontrada", destacou.
Local descoberto
Conforme detalhou a prefeitura para a reportagem, o bueiro onde aconteceu o acidente tem mais de 30 anos e ficava aberto, sem nenhum tipo de proteção.