Itabuna, Bahia - Em uma tarde sombria, a comunidade de Itabuna se reuniu para prestar as últimas homenagens a Wesley de Jesus Dantas, um adolescente de 14 anos cuja vida foi tragicamente encurtada após um atendimento negado pelo SAMU. O jovem, que enfrentava problemas renais, teve seu pedido de socorro recusado na madrugada desta sexta-feira, levando a uma corrida desesperada de sua mãe para salvá-lo.
A notícia do falecimento de Wesley chocou o bairro Parque Santa Clara e além. A mãe do adolescente, em um momento de desespero absoluto, encontrou-se sem o apoio do serviço de emergência quando mais precisava. A recusa do SAMU em atender ao chamado e a sugestão de que buscasse meios próprios para levar seu filho ao hospital são um reflexo perturbador da realidade enfrentada por muitos brasileiros.
Com poucas opções e o tempo se esgotando, a mãe de Wesley conseguiu transporte particular e levou o filho à UPA do Monte Cristo. No entanto, o destino foi implacável, e Wesley não sobreviveu, deixando uma comunidade em luto e uma família em busca de respostas.
Este incidente levanta sérias questões sobre os protocolos de emergência e a eficácia do sistema de saúde. Nossa equipe está comprometida em investigar essa denúncia e trazer à luz os detalhes dessa manhã trágica. A verdade é essencial não apenas para honrar a memória de Wesley, mas também para assegurar que falhas como essa não se repitam.
Um Aniversário que Nunca Virá
Wesley, que completaria 15 anos no próximo mês, deixa um legado de perguntas e a urgente necessidade de revisão dos procedimentos de emergência. Sua partida prematura é um lembrete doloroso da fragilidade da vida e da responsabilidade que recai sobre aqueles que têm o dever de protegê-la.
A morte de Wesley de Jesus Dantas é mais do que uma tragédia; é um chamado para ação. É imperativo que examinemos e reformemos as práticas de emergência para garantir que nenhuma outra família sofra uma perda tão devastadora devido a negligência. A comunidade de Itabuna e o Brasil inteiro merecem um sistema de saúde que esteja à altura da confiança que nele depositamos.
Por Jefferson Teixeira