Está totalmente descartada pela Polícia Civil, após intensas investigações, a possibilidade de atropelamento premeditado, no caso de Santa Cruz da Vitória, ocorrido na madrugada do último domingo (03).
De acordo com entrevista do delegado da Polícia Civil, Evy Paternostro, ao programa Balanço Geral, da TV Cabrália, não houve quaisquer indícios de Eduardo, o condutor, ter atropelado o grupo intencionalmente, após ter recebido, durante a festa que antecede o acidente, um suposto "fora" de uma das mulheres vitimadas posteriormente. Até mesmo o depoimento da sobrevivente descarta tais possibilidades.
Entretanto, Eduardo deverá ser indiciado por homicídio doloso, por ter assumido o risco de morte quando consome bebida alcoólica e dirige o veículo automotor. Eduardo alega, em versão fantasiosa, que durante todo aquele dia, consumira apenas água e energético. Mas as investigações provam o contrário.
Antes mesmo do evento, ele consome bebida alcoólica em um bar da cidade, cujo dono prestou depoimento e confirmou o consumo por parte dele e de com quem ele estava.
Já durante a festa, Eduardo adquiriu diversas fichas para compra de cerveja, sendo que não houve distribui por parte dele aos amigos, que também foram ouvidos. Ou seja, consumiu bebida alcoólica por mais de seis horas, até o acidente acontecer, caracterizando o dolo eventual.
E as revelações oriundas das investigações não param por aí. De acordo com elas, ao sair dirigindo do evento, Eduardo acessa a rodovia pela pista contrária a que deveria, imprimindo velocidade progressiva, até que, para desviar de uma motocicleta retoma bruscamente para o lado da pista em que deveria estar, perdendo o controle da direção e atropelando as quatro pessoas, matando três delas.
O caso gerou grande comoção e revolta na população local. A vítima sobrevivente, ainda no hospital, chegou a receber uma mensagem eletrônica anônima, que a mandava esquecer os ciganos, deixá-los em paz.
A Polícia Civil também investiga e rastreia as mensagens para chegar até o autor das ameaças. Vale ressaltar que, embora Eduardo estivesse na festa em companhia de alguns ciganos, ele não é cigano.
As investigações continuam e mais detalhes do caso podemos surgir a qualquer momento. O Verdinho Itabuna acompanha o caso.
Confira abaixo histórico dos eventos em ordem cronológica para que você relembre os fatos ligados ao caso.
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