Três internos do Presídio do Distrito Federal II (PDF II), que receberiam as porções de droga da advogada, também passaram pela audiência e responderão a mais um processo criminal. A coluna teve acesso à decisão do juiz que analisou o caso. Em seu termo de declaração, o policial penal que fez a prisão da advogada contou como ela levantou suspeitas.
Um cão farejador conduzido pelos policiais identificou que a advogada carregava algum tipo de substância suspeita. A profissional ainda tentou mudar de lado na fila de inspeção para entrar no presídio, e se afastar do cão, mas não teve sucesso. O animal fez a movimentação característica de quando encontra droga, deitando no chão.
Drogas na calcinha
Abordada pela equipe de policiais que faziam a revista e a segurança do presídio, a advogada foi convidada a passar pelo scanner corporal. Erica aceitou, mas durante a entrevista acabou confessando que estava com porções de drogas no corpo. Durante a revista íntima, foram retiradas 40 porções de maconha e cinco de cocaína.
A advogada foi encaminhada à 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião), onde acabou autuada em flagrante por tráfico de drogas. O mesmo ocorreu com os três internos que haviam encomendado as porções de cocaína e maconha.
Com subseção firmada no Gama, a advogada segue com a OAB ativa na Ordem.
Atualização: 14:20
O presidente da OAB-DF, Délio Lins e Silva Júnior, disse à coluna Grande Angular que recebeu o comunicado sobre a prisão da advogada e decidiu, nessa terça-feira (9/8), suspendê-la cautelarmente por 90 dias.
“Ao ser comunicada acerca dos fatos, a Presidência da OAB-DF suspendeu cautelarmente a advogada pelo prazo legal de 90 dias e encaminhou os autos ao Tribunal de Ética para apuração dos fatos, respeitados o devido processo legal e ampla defesa. Como os processos éticos, por força de lei, são sigilosos, não podem ser dadas mais informações”, afirmou. (Metrópoles)