A amiga da esposa de Leandro Troesch, encontrado morto em pousada de luxo em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, presa nesta quinta-feira (24), na cidade de Aracaju, em Sergipe, estava com um carro locado em Belo Horizonte que não foi devolvido. A informação foi divulgada pela Polícia Militar, responsável pelo cumprimento do mandado de prisão.
"Ela estava utilizando o veículo que tinha um boletim de ocorrência por apropriação indébita, onde esse carro havia sido locado em Belo Horizonte e não foi devolvido. Tanto ela como o veículo foram conduzidos para delegacia", disse o comandante de batalhão de radiopatrulha de Aracaju, tenente George Melo. As informações são do g1
O empresário Leandro Troesch estava em prisão domiciliar na pousada pelo crime de sequestro e extorsão em 2001. A esposa de Leandro, Shirley da Silva Figueiredo, também estava em prisão domiciliar, pelo mesmo crime.
Leandro foi encontrado morto no mês de fevereiro, em um dos quartos da pousada. Shirley da Silva Figueiredo também é investigada pela morte do marido porque foi a única pessoa que estava próxima do empresário quando ele morreu. Ela teve prisão decretada no mesmo dia que Maqueila.
Além disso, Shirley fugiu da pousada durante as investigações. Por conta disso, ela passou a ser considerada foragida da Justiça, já que não poderia deixar o local sem se comunicar.
Já Maqueila respondia em liberdade a processos por estelionato e fez amizade com Shirley durante a prisão. Ao ser liberada pela Justiça, ela trabalhou na pousada Paraíso Perdido.
De acordo com advogado de defesa, Paulo Pires, Maqueila vai ser levada para para uma audiência de custódia na Bahia. O dia e o horário não foram divulgados. A defesa nega participação de Maqueila na morte de Leandro.
Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, foi encontrado morto dentro de um dos quartos do estabelecimento, com marca de tiro na cabeça, em 25 de fevereiro deste ano.
Até o momento, o crime está cercado de mistérios. O empresário já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001. Em 2022, ele estava em prisão domiciliar na pousada.
A viúva, Shirley da Silva Figueiredo, disse à polícia que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro.
"A prisão de Maqueila é desnecessária, como eu disse, em razão de ela não ter nenhuma participação com evento que aconteceu em Jaguaripe. Ela não estava lá no dia do crime, quem está lá foi a Shirley e o empresário. Eu tenho certeza absoluta que não vai indiciar ela por homicídio", afirmou o advogado.
Cerca de 20 pessoas já foram ouvidas pela polícia. O advogado de Maqueila chegou a dizer, no dia 16 de março, que ela era inocente e iria se apresentar ao delegado que investiga o caso – o que não aconteceu.
O dono da pousada de luxo não aprovava amizade de esposa com ex-detenta. Além da morte de Leandro, a polícia investiga se Maqueila teve participação na morte de Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy.
Ele era funcionário de Leandro e, considerado pela polícia, testemunha chave para esclarecer as circunstâncias da morte do empresário.
Um adolescente de 17 anos foi apreendido, também no dia 16 deste mês, pela suspeita de ter participado da morte dele. O jovem negou envolvimento com o crime
Entenda o caso
Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, foi encontrado morto dentro de um dos quartos do estabelecimento, com marca de tiro na cabeça, em 25 de fevereiro deste ano.
Até o momento, o crime está cercado de mistérios. O empresário já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001. Em 2022, ele estava em prisão domiciliar na pousada.
A viúva, Shirley da Silva Figueiredo, disse à polícia que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro.
Dias depois da morte de Leandro, no início de março, Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, que era o "braço direito" do empresário, foi assassinado a tiros e tinha marca de golpes de faca no corpo.
Ele era uma testemunha fundamental na investigação. Marcel, que tinha envolvimento com drogas, foi morto no dia 6 de março, às vésperas de ser ouvido pela polícia, no distrito de Camassandi, que também fica em Jaguaripe.
O homem, que era funcionário de confiança de Leandro, prestou depoimento logo após a morte do empresário, mas seria ouvido, mais uma vez, um dia depois de ser assassinado.
O delegado responsável pelas investigações, Rafael Magalhães, afirmou que o cofre da pousada foi esvaziado e que o local do crime foi alterado, após a morte do empresário Leandro Troesch.