Ainda sob impacto da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o comando do PT se reúne nesta segunda-feira (9) em Curitiba para dobrar a aposta e reafirmar sua candidatura à Presidência da República. Mais do que a crença nas chances de Lula disputar a Presidência em outubro, essa é uma estratégia de defesa.
O discurso de que Lula é alvo de um golpe para impedir sua volta ao Planalto é o principal argumento para tirá-lo da prisão.
Embora já duvidem da possibilidade de inserir seu nome nas urnas, aliados do ex-presidente evitam falar em plano B neste momento, pois seria reconhecer que ele não será absolvido, nem deixará as instalações da Polícia Federal nos próximos dias.
Líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS) afirma que a reunião será exclusivamente dedicada a mobilização e articulação política em apoio ao ex-presidente.
Segundo ele, deverá ser divulgado uma nota de reafirmação de sua candidatura.
Essa estratégia deverá ser intensificada até quarta-feira (11), quando o plenário do STF deverá julgar um pedido de liminar que visa a evitar prisões de condenados em segunda instância até que a corte decida se um réu pode ser preso antes que esgotados todos os recursos.