quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Polícia apura manchas em carro de luxo de empresário investigado por desaparecimento de funcionários

A Polícia Civil da Bahia (PC-BA) investiga manchas encontradas no banco de um carro de luxo que pertence ao empresário Marcelo Batista da Silva, investigado pelo desaparecimento de dois jovens em Salvador. A suspeita é de que o material seja vestígio de sangue dos rapazes.

Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Silva Muniz, de 25, foram vistos pela última vez no dia 4 de novembro, quando saíram das casas onde moravam para trabalhar como diaristas no ferro-velho do suspeito, localizado no bairro de Pirajá. No sábado (9), a Justiça da Bahia decretou a prisão preventiva do empresário.

Segundo detalhes apurados com exclusividade pela TV Bahia, o automóvel foi encontrado nesta terça-feira (12), em uma loja especializada em veículos de alto padrão, na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Avaliado em R$ 750 mil, foi deixado no local por outro homem, que solicitou a troca dos bancos alegando ter adquirido o bem com alguns pontos de sujeira.

O carro foi periciado pela polícia ao longo da tarde e, em seguida, guinchado e levado para o pátio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro de Itapuã, na capital. A perícia coletou amostras do material, que serão analisadas.

Além da suspeita do desaparecimento dos jovens, Marcelo Batista responde na Justiça por um homicídio e deve ter o nome incluído na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), já que os investigadores acreditam que ele tenha fugido do país.

Ainda conforme informações apuradas pela TV Bahia, pelo menos 15 pessoas já prestaram depoimento e todas apontaram dono do ferro-velho como autor do crime.

No pedido de prisão preventiva contra o suspeito, as justificativas são "a garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e garantia de aplicação da lei penal".

Famílias acusam empresário de sequestro


Os familiares dos jovens acusam Marcelo Batista da Silva de sequestro. A suspeita foi levantada porque, de acordo com a mãe de Paulo Daniel, Marineide Pereira, dias antes do desaparecimento, os rapazes teriam sido acusados pelo empresário de roubar um gerador.

Na semana passada, familiares se revezaram na porta do ferro-velho em busca de informações, sem sucesso. Na quinta-feira (7), eles prestaram depoimento no Departamento de Proteção à Pessoa (DPP) e solicitaram que o dono da empresa disponibilize imagens da câmera de segurança do local.

"Ninguém consegue sair com um gerador embaixo da blusa ou dentro das calças", pontuou Marineide Pereira, mãe de João Paulo, acrescentando que os registros podem ajudar nas investigações.

Na sexta-feira (8), policiais civis e bombeiros militares fizeram buscas no galpão, por determinação da Justiça. Além disso, um mandado de busca e apreensão também foi cumprido no apartamento de luxo do empresário, localizado no bairro de Pituaçu. No entanto, detalhes da ação não foram divulgados. No mesmo dia, o carro de Marcelo Batista foi incendiado.

Versão do empresário


Na sexta-feira, em entrevista ao Bahia Meio Dia, Marcelo deu detalhes dos supostos furtos que ocorreram na empresa. O empresário disse que teve 5 toneladas de fardo de alumínio furtados nos últimos dois meses e que conseguiu recuperar 500 quilos em 3 de novembro, após seguir o caminhão usado no crime.

Segundo ele, na segunda-feira, enquanto registrava ocorrência policial contra um terceiro funcionário, que não teve o nome divulgado, Paulo Daniel e Matusalém foram flagrados em outro furto à empresa.

Marcelo Batista ainda informou que planejava ligar para a polícia, para fazer um flagrante no dia seguinte e recuperar a carga roubada. No entanto, os jovens não apareceram para trabalhar e nunca mais entraram em contato. g1-Bahia

2 comentários:

  1. Infelizmente, mais dois que pagam com a vida pela desonra a pai e mãe.

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  2. Só Deus pra entrar com providência

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