O laudo de óbito do médico Luiz Carlos Leite de Souza, de 80 anos, divulgado nesta quinta-feira (21), descartou a hipótese de suicídio e indicou três possíveis causas naturais para sua morte: insuficiência respiratória, congestão pulmonar ou tromboembolismo pulmonar. O documento foi assinado pelo médico perito legal José Carlos Fonseca Neto. (Lebre o caso aqui)
Luiz Carlos foi encontrado morto em seu apartamento no Jardim das Hortênsias, em Itabuna, na última semana. A conclusão do laudo pericial afasta os rumores que surgiram após sua morte, sugerindo uma possível relação com as dificuldades pessoais e jurídicas que ele enfrentava.
Condenação por Injúria Racial
Em outubro, Luiz Carlos foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão em regime fechado pelo crime de injúria racial. A condenação resultou de uma queixa-crime feita por uma auditora da Secretaria de Saúde da Bahia, em fevereiro deste ano. Durante uma auditoria na Maternidade Otaciana Pinto (antiga Maternidade da Mãe Pobre), o médico teria dito que a auditora, uma mulher negra, era bonita por ter “sangue branco”.
Após ser preso em flagrante, Luiz Carlos foi liberado no dia 23 de fevereiro, mas voltou a ser preso em 24 de outubro após a sentença condenatória. No dia 5 de novembro, o Tribunal de Justiça da Bahia concedeu-lhe habeas corpus com restrições, como a proibição de deixar sua residência das 19h às 6h e de se aproximar ou manter contato com a vítima e testemunhas do caso.
A comunidade local sente a perda do médico, agora com a certeza de que sua morte foi natural, encerrando especulações sobre suas últimas horas.
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