domingo, 20 de outubro de 2024

Justiça do Trabalho em Ilhéus se prepara para realizar um novo leilão da fábrica da Barreto de Araújo

Sócios e credores da Barreto de Araújo Produtos de Cacau conseguiram, na Justiça do Trabalho da Bahia, a anulação do leilão da sede da empresa, localizado no Distrito Industrial de Ilhéus, alegando arrematação por preço irrisório. O imóvel, avaliado em R$ 15 milhões, foi vendido por R$ 2,2 milhões, cerca de 14,66% do valor de avaliação. A 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia decidiu, por unanimidade, reavaliar o imóvel e realizar um novo leilão, considerando irregularidades no edital e a falta de notificação de credores concorrentes.

O leilão original, ocorrido em 2010, foi baseado em um único processo de reclamação trabalhista, apesar de haver outras penhoras não incluídas no edital. A decisão de manter o leilão havia sido justificada pela efetividade do crédito do reclamante, mas no 2º Grau, a juíza Ana Paola Diniz considerou o valor arrematado muito abaixo do justo. A fábrica, desativada há anos e com a falência decretada em 1997.

De acordo com o Ex Presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria dos Produtos de Cacau (Sindcacau) Luiz Fernandes Ferreira Andrade no período em que ocorreu a falência da fábrica, a empresa empregava cerca de 300 operários. No seu auge, a fábrica chegou a gerar mais de 600 empregos diretos, sendo considerada a maior do gênero da América Latina, com capacidade para moer até 400 mil toneladas/ano de cacau.

Diante do cenário, todos os ex-trabalhadores da empresa que ajuizaram ações trabalhistas nos anos 90 e que ainda não receberam seus créditos, devem entrar em contato com seus advogados para verificar a possibilidade de reivindicar os valores pendentes.

2 comentários:

  1. O problema reside exatamente na discrepância entre uma avaliação técnica e a realidade atual do equipamento. Será que surgirá algum interessado numa massa falida sucateada e super avaliada?
    Este é mais um desastre causado pelos anjinhos petralhas regionais, aqueles que , entre o final da década de 1980 e início de 1990, disseminaram os esporos da "vassoura de bruxa" em várias plantações, destruindo a economia regional baseada na cacauicultura. E esses canalhas hoje estão por aí, uns integram o poder da quadrilha que destroi a Bahia, outros seguem gastando os milhões surrupiados do povo. O demônio do rabo grosso os espera de braços abertos no reino de Belzebu, o tempo é inexorável e não perdoa, logo vocês receberão o boleto para quitação, AÍ...

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  2. Não irão vender, aí só presta o terreno, vai pedir caro.

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