O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB), realizado neste domingo (1º), na TV Gazeta e MyNews, foi marcado por uma troca acalorada de acusações entre os dois candidatos. O encontro, que tinha como objetivo discutir propostas para a cidade, foi dominado por confrontos pessoais, culminando em um momento de tensão no final do terceiro bloco, quando Datena deixou seu púlpito para confrontar Marçal.
A situação se intensificou a ponto de a mediadora, a jornalista Denise Campos de Toledo, precisar intervir e ameaçar chamar a segurança para conter os ânimos. “Não estamos num local informal, estamos em um debate. São todos candidatos aqui, então, respeito, por favor”, afirmou Denise, ao tentar retomar a ordem após uma discussão sobre pedidos de direito de resposta.
A confusão teve início quando Datena acusou Marçal de tentar orquestrar um ataque conjunto contra outros candidatos, em especial o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), durante o primeiro debate do pleito, realizado pela Band em 8 de agosto. “Esse sujeito me ligou, um dia antes do debate da Band, para tentar armar comigo eu atacando o [Ricardo] Nunes e ele atacando o [Guilherme] Boulos”, afirmou Datena.
A partir dessa acusação, Datena intensificou as ofensas contra Marçal, desafiando-o a negar as alegações. “Eu não sabia que você era um vagabundo sem vergonha, um ladrão condenado, senão eu nem tinha atendido a primeira ou segunda ligação sua”, disse Datena. “E quero ver se você tem coragem de dizer se fez isso mesmo ou não, já que é um mentiroso contumaz, mente e engana as pessoas na internet, além de ser um risco para a democracia.”
Em resposta, Marçal provocou Datena a se aproximar, levando o candidato do PSDB a deixar o púlpito. Nesse momento, Denise Campos de Toledo solicitou a intervenção da segurança para evitar que a situação se agravasse ainda mais. “Está desequilibrado; quer ser prefeito ou ditador”, retrucou Marçal, enquanto Datena retornava ao seu lugar, respondendo: “Psicopata é você. Antiético. Vagabundo.”O clima tenso levou a mediadora a cancelar um pedido de resposta previamente concedido a Marçal, encerrando o bloco com a frase “Acabou!” e chamando o intervalo. O episódio destacou a polarização e as tensões presentes na corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo.