O goleiro senegalês Cheikh Sarr, do Rayo Majadahonda, da terceira divisão do futebol espanhol, foi suspenso nesta quarta-feira (03) por dois jogos após ser expulso por pular na arquibancada em busca de um torcedor rival que supostamente o insultou com comentários racistas.
Sarr foi expulso no último fim de semana no jogo da 1ª RFEF (terceira categoria do futebol espanhol) contra o Sestao, que foi suspenso no minuto 87 após esses incidentes e a decisão do Rayo Majadahonda de se retirar do campo e não retornar ao jogo.
De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o goleiro senegalês pulou na arquibancada em busca de um torcedor que o estava insultando, enfrentando-o e agarrando seu cachecol, antes de ser separado e receber um cartão vermelho. O juiz da Federação Espanhola de Futebol admitiu nesta quarta-feira (3) em sua resolução que Sarr foi “gravemente ofendido”, mas considerou que ele deveria ter usado os canais de denúncia estabelecidos para os insultos.
“Consideramos que os insultos racistas começaram no minuto 50 do jogo, e portanto, ele deveria ter informado o árbitro naquele momento” para que ele iniciasse o protocolo contra o racismo, considerou o juiz na decisão. “A defesa de seus interesses deve ser feita pelo jogador ofendido pelos meios legais já descritos e, portanto, sua ação, pulando a barreira de separação e agindo com certa violência — embora não conste que tenha chegado ao insulto ou à agressão — é totalmente repreensível”.
“A ação continuou quando o árbitro mostrou o cartão vermelho de expulsão, o que nos obriga a considerá-lo autor da infração leve de conduta contrária à boa ordem esportiva”, justifica o juiz na sanção ao jogador.
Na resolução, o juiz também sancionou a equipe basca do Sestao, onde ocorreu o encontro, a jogar seus dois próximos jogos em casa com os portões fechados. Na mesma resolução, o jogo foi dado como perdido por 3-0 para o Rayo Majadahonda e três pontos foram retirados, após a decisão do time de deixar o campo.
Sarr afirmou na terça-feira (2) em uma coletiva de imprensa que o que ele sofreu “foi algo horrível, algo que não podia suportar, uma tristeza, algo muito feio”, mas admitiu que “se acontecer de novo, não vou reagir da mesma forma e vou saber como me comportar.”
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