quinta-feira, 18 de abril de 2024

Bancos acessam dados de operadoras de telefonia para evitar golpes online

Com intuito de reduzir o risco de operações fraudulentas a partir de informações sobre o uso de chips de aparelhos celulares, bancos brasileiros têm recorrido a operadoras de telefonia. A ideia é checar se o chip do celular que acessa o app do banco foi trocado recentemente, o que pode ser um indício de que o aparelho foi receptado.

O procedimento usa o protocolo chamado de Open Gateway, por meio do qual as empresas de telefonia criaram um sistema de compartilhamento de informações para a criação de novos serviços. As primeiras soluções a entrar no ar no país têm foco na segurança digital dos usuários e tem como clientes e parceiros os bancos.

“Priorizamos uma dor muito evidente dos nossos usuários”, disse Rodrigo Duclos, o chefe de inovação da Claro, na feira de tecnologia Web Summit Rio nesta terça (16).

Operadoras – Tim, Claro e Vivo haviam anunciado, em novembro, a adesão a esse padrão adotado em mais de 40 países articulados pela GSMA, associação internacional que representa o setor. Em 27 de fevereiro, no maior evento de telefonia móvel do mundo, a Mobile World Congress, as companhias apresentaram o caso do Itaú.

A Tim disse que planeja fechar contratos com mais outros quatro clientes ainda no primeiro semestre. A Claro afirma que não pode divulgar seus parceiros, mas abriu durante o Web Summit Rio os pontos de acesso a startups interessadas em desenvolver projetos, com um limite de uso. A Vivo também não diz com quem trabalha.

As operadoras oferecem aos prestadores de serviços as chamadas APIs (sigla em inglês para interface para programação de aplicações), canais que permitem a comunicação entre sistemas de informática, para possibilitar ligação direta com os serviços da rede e o desenvolvimento de soluções.

Além da detecção de troca de chips, os desenvolvedores de software podem acessar uma fonte de dados na internet para confirmar o número do telefone e a localização do usuário.

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