Mais de mil trabalhadores da Refinaria de Mataripe, localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (6), por causa de uma demissão de 150 funcionários, sendo 30 próprios e 120 terceirizados.
O movimento foi aprovado em reunião realizada na terça-feira (5) com representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do Sindipetro Bahia e do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Siticcan), em resposta à política de demissão em massa implementada pela Acelen, que administra a empresa, privatizada em novembro de 2021.
Em nota, a Acelen informou que está em constante busca por mais eficiência e competitividade para sua operação da Refinaria de Mataripe. Reforçou ainda que não existe demissão em massa como citado pelas entidades.
De acordo com os manifestantes, apenas na terça, foram demitidos 28 empregados. Ainda segundo o movimento, as entidades sindicais têm travado negociações em defesa de 300 funcionários da Petrobrás transferidos da refinaria, depois da privatização.
Conforme o movimento, em viagem ao Oriente Médio, em fevereiro deste ano, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, anunciou que está construindo uma parceria com o fundo árabe Mubadala Investment Company para que a estatal brasileira retome a operação da refinaria.
Acrescentou ainda que a FUP tem recebido denúncias de que no Terminal Madre de Deus, também na Bahia - operado pela Transpetro, mas vendido ao fundo Mubadala junto com a Refinaria de Mataripe - os contratos de manutenção foram reduzidos, também provocando demissões de pessoal.
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