A Diocese de Juazeiro, cidade do norte da Bahia, afastou das atividades o padre que foi preso suspeito de estupro de vulnerável na terça-feira (20). A vítima foi um adolescente de 14 anos, com transtorno do espectro autista.
Em nota, a Diocese de Juazeiro disse que foi surpreendida com a denúncia e que pediu a abertura de um processo investigatório. Também prestou apoio para a vítima e os familiares.
O nome do padre não foi revelado. Ele faz parte de uma congregação de Salvador, mas foi cedido para a paróquia de Juazeiro há um ano, para realizar as atividades religiosas.
Segundo a Polícia Civil, as investigações tiveram início no dia 4 de fevereiro, quando um familiar da vítima comunicou o fato à unidade policial. O período em que o adolescente era vítima do estupro não foi detalhado.
Após a coleta de depoimentos, exames periciais e outras diligências, a prisão preventiva foi solicitada à Justiça, que acatou a medida.
Preso, o homem passou por exames periciais e foi encaminhado para uma unidade do sistema prisional. Já a vítima foi encaminhada para acompanhamento psicossocial.
Com a divulgação do caso, a Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas em Salvador) declarou "apoio integral e incondicional às vítimas", ao mesmo tempo que mantém o suporte ao confrade suspeito do crime. A instituição católica cita orientações do Papa Francisco ao assumir as duas posições.
"Afirmamos nosso suporte e acompanhamento fraternal a nosso confrade, nos termos do mesmo 'Motu Proprio' do Papa Francisco, acima citado, para que 'se garanta aos arguidos o direito a um processo équo e imparcial, no respeito pela presunção de inocência e também pelos princípios de legalidade e proporcionalidade entre o delito e a pena", diz um trecho da texto.
A instituição disse ainda que se coloca à disposição das autoridades para prestar auxílio ou esclarecimentos dos fatos.
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