A morte do dentista Lucas Maia de Oliveira, de 36 anos, encontrado amarrado na cama, no prédio de luxo Celebration Garibaldi, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, é investigada como homicídio qualificado e furto. Foram ouvidas no inquérito 21 pessoas.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (05) pela delegada Zaira Pimentel, titular da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico) e responsável pelas investigações do caso. Ainda segundo a Polícia Civil, 121 horas de filmagem dos circuitos internos de câmeras de segurança do edifício são analisados no inquérito.
"O conteúdo dessas imagens vai ser reproduzido em um relatório de imagem feito pela equipe da 1ª DH, que é uma equipe experiente, principalmente em casos de repercussão, mas a gente ainda está analisando", disse Zaira Pimentel.
Na semana passada, o homem suspeito de envolvimento na morte do dentista foi identificado. A informação foi confirmada para o g1 e TV Bahia por uma fonte da Polícia Civil. No entanto, a identidade não foi revelada porque pode atrapalhar as investigações.
Dentista encontrado morto em apartamento de prédio de luxo em Salvador: o que se sabe e o que falta esclarecer sobre crime
Além disso, um homem foi ouvido na delegacia na companhia de um advogado. De acordo com a delegada, os elementos de prova foram analisados e foi constatado que o homem não era o mesmo que aparecem nas filmagens do elevador como principal suspeito do crime.
A delegada disse que a Polícia Civil aguarda o laudo do DPT para ter acesso a novas informações que possam ajudar na resolução do crime. "O perito tem 30 dias para enviar o laudo para a delegacia", afirmou a delegada Zara Pimentel.
Já na semana passada, Lourenço Sampaio, pai de Lucas Maia, disse que o filho pode ter sido asfixiado antes de ter os pés amarrados com o lençol da cama. “Nós não entramos no apartamento. A polícia passou que foi tudo quebrado, fizeram uma grande devastação, mas que não há sinais de violência. Provavelmente foi morto asfixiado”, disse.
Lourenço Sampaio confirmou ainda que há um ano o filho foi vítima de um golpe conhecido como "boa noite, Cinderela". Nesse tipo de crime, as vítimas são dopadas e roubadas. Na ocasião, Lucas teria ficado dois dias desacordado. Ele teve objetos do apartamento e o carro roubado.
“Eles entraram, roubaram alguns pertences do apartamento e abandonaram o carro em Lauro de Feitas. Depois ele recebeu uma ligação anônima e foi lá buscar”, contou o pai do dentista.
Os sinais apresentados no apartamento sugerem que pode ter ocorrido uma luta corporal antes de a vítima ter os pés amarrados entre a cama e o guarda-roupa. Lucas Maia também estava sem roupas quando foi encontrado.
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