O médico Antônio Marcos Rêgo Costa, acusado de matar a ex-companheira e abandonar o corpo dela em um matagal às margens da BR-116, em Feira de Santana, foi condenado a 23 anos, 4 meses e 15 dias de prisão. O júri popular começou na manhã desta quinta-feira (7) e terminou por volta das 20h40.
O crime aconteceu no agosto de 2021. Antônio Marcos foi preso preventivamente em setembro do mesmo ano, depois de se apresentar na delegacia da cidade acompanhado de um advogado. Ele voltará para o Conjunto Penal de Feira de Santana.
De acordo com a Justiça, a perícia aponta que Gabriela Jardim Peixoto foi agredida e morta pelo médico. Durante as investigações, o carro de Antônio foi analisado pela polícia e diversas marcas de sangue foram encontradas.
Gabriela Jardim Peixoto desapareceu em Feira de Santana no dia 22 de agosto de 2021. Na ocasião, ela havia sido vista pela última vez saindo de um veículo para encontrar o ex-marido.
'Estava todo sujo de sangue e aparentemente foi lavado', diz delegada após perícia em carro do suspeito de matar vítima
Câmeras de segurança de um posto de combustível registraram os últimos momentos de Gabriela com vida. Pelas imagens foi possível ver o carro de Antônio Marcos chegando ao local, por volta das 18h do dia 22 de agosto, mesmo dia em que a mulher foi dada como desaparecida.
Minutos depois, o automóvel de Gabriela se aproximou da bomba de combustível ao lado. Antônio Marcos desceu do veículo, foi ao encontro da mulher. Em seguida, ela estacionou o próprio carro e entrou no veículo do ex-companheiro. Dentro do veículo, os dois aparentam ter tido uma discussão.
O corpo da mulher de 35 anos foi achado seis dias depois, quando a polícia recebeu uma denúncia anônima. Ele estava em uma área de matagal nas margens da BR-116 e sem roupas da cintura para cima.
Durante as investigações, a principal linha apontada pela polícia era de que Antônio Marcos teria matado Gabriela por ciúmes. Ele viajou para o estado do Acre, onde nasceu, logo após o desparecimento da vítima.
Gabriela Jardim foi casada com o médico durante quatro anos e, de acordo com a polícia, testemunhas disseram que os dois viviam um relacionamento com certa hostilidade. Segundo a delegada responsável pela investigações, Klaudine Passos, houve relatos de agressões.
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