Foto ilustrativa: Kelly Hosana | SSP-BA |
A Polícia Civil da Bahia, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça, promove, durante os próximos dias, uma campanha de conscientização do combate à violência contra a mulher em todo estado. As ações vão até o dia 12 de dezembro. Somente nesta semana, dois casos de feminicídio foram registrados em Salvador, o que mostra a necessidade de ações contra o problema.
De acordo com a Delegada-Geral da PC baiana, Heloísa Brito, a necessidade combater os altos índices desse tipo de violência determinaram a realização da campanha que terá diversas frentes. Em 2023, mais de 20 mil inquéritos foram instaurados por conta de violência contra mulher na Bahia.
“Vamos fazer um mutirão de atendimento nas unidades para agilizar as oitivas e o próprio andamento dos inquéritos, e também uma ação de cumprimento dos mandados que já foram expedidos”, disse.
A Delegada-Geral destacou que houve uma diminuição do número de feminicídios com relação ao ano anterior, mas ainda assim apontou que os números atuais são altos.
“Só esse ano, a Polícia Civil já pediu mais de 4.800 medidas protetivas, foram mais de 21 mil inquéritos instaurados de violência contra a mulher, ou seja, isso nos leva a essa consciência de que precisamos levar essa situação para toda a sociedade, mudando padrões de comportamento, para que juntos possamos vencer e acabar com essa violência”, defendeu Heloísa Brito.
Violência contra mulher em números
Estupro: - 21,37%
Estupro de vulnerável: - 18,1%
Lesão corporal: - 4,7%
Importunação sexual: + 5,8%
Feminicídios: -7,5% Entre 1º de janeiro e 19 de novembro em comparação a 2022
A programação da Polícia Civil baiana prevê ainda outras ações efetivas, como palestras e rodas de conversas em diversos e variados ambientes, como presídios, assentamentos rurais, aldeias indígenas e estádios de futebol, no dia 29, na partida entre Bahia e São Paulo, na Fonte Nova.
No domingo (26), uma caminhada do Farol da Barra ao Clube Espanhol, na orla de Salvador, também vai chamar atenção para as ações.
A Bahia tem 15 Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams) e sete Núcleos Especializados de Atendimento à Mulher (Neams). Além da Neam Itinerante, que é um ônibus que percorre as cidades onde não existe a estrutura do núcleo.
A líder da Polícia Civil baiana ressalta ainda a importância da denúncia em casos de violência contra a mulher. “A denúncia é a grande saída. Tem que meter a colher sim, tem que denunciar. Liga através de 190, de 181, não precisa se identificar, é sigiloso, mas são medidas que podem, inclusive, estar salvando vidas”, afirma.
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