O homem suspeito de envolvimento na morte do dentista Lucas Maia de Oliveira, de 36 anos, encontrado amarrado na cama, no prédio de luxo Celebration Garibaldi, no Rio Vermelho, bairro boêmio de Salvador, foi identificado.
A informação foi confirmada para o g1 e TV Bahia nesta terça-feira (28) por uma fonte da Polícia Civil, responsável pela investigação. A identidade do suspeito não foi revelada porque pode atrapalhar as investigações.
Na segunda-feira (27), Lourenço Sampaio, pai de Lucas Maia, disse que o filho pode ter sido asfixiado antes de ter os pés amarrados com o lençol da cama. “Nós não entramos no apartamento. A polícia passou que foi tudo quebrado, fizeram uma grande devastação, mas que não há sinais de violência. Provavelmente foi morto asfixiado”, disse.
Lourenço Sampaio confirmou ainda que há um ano o filho foi vítima de um golpe conhecido como "boa noite, Cinderela". Nesse tipo de crime, as vítimas são dopadas e roubadas. Na ocasião, Lucas teria ficado dois dias desacordado. Ele teve objetos do apartamento e o carro roubado.
“Eles entraram, roubaram alguns pertences do apartamento e abandonaram o carro em Lauro de Feitas. Depois ele recebeu uma ligação anônima e foi lá buscar”, contou o pai do dentista. Lourenço prestou depoimento à polícia no início da tarde desta segunda-feira (27). Ele também tenta resolver a liberação do carro, que foi periciado.
A Polícia Civil informou que o resultado do laudo deve sair em 30 dias. Os sinais apresentados no apartamento sugerem que pode ter ocorrido uma luta corporal antes de a vítima ter os pés amarrados entre a cama e o guarda-roupa. Lucas Maia também estava sem roupas quando foi encontrado.
O homem suspeito de matar Lucas Maia fez um percurso de uma hora com o carro da vítima antes de abandonar o veículo na região da Avenida Vasco da Gama, próximo da região do Vale da Muriçoca, a cerca de 2,5 quilômetros do edifício.
Segundo investigadores da Polícia Civil, o veículo modelo Nivus é automático e tinha rastreador. O homem que cometeu o crime ficou entre 20 e 30 minutos dentro do carro, na garagem do prédio, que fica na Avenida Cardeal da Silva, no Rio Vermelho, antes de deixar o local.
O suspeito deixou o prédio Celebration Garibaldi, que fica na Avenida Cardeal da Silva, na altura do bairro Rio Vermelho, às 2h10, passou na frente do Hospital Jorge Valente, localizado na Avenida Anita Garibaldi, Em seguida, percorreu por bairros como Federação e Engenho Velho de Brotas, passando pelo prédio da Fundação Pierrer Verger.
O veículo foi abandonado na Avenida Vasco da Gama, próximo da região do Vale da Muriçoca, a cerca de 2,5 quilômetros do edifício.
A polícia investiga a possibilidade de uma outra pessoa tenha esperado o suspeito, em um outro carro, no ponto que ele deixou o veículo da vítima. Ele teria fugido com as TVs, o notebook, roupas e dinheiro.
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