Entre os dias 23 e 26 de novembro, o evento Expo Comunidade agita Itabuna, realizado no Espora de Ouro e sob o apoio do músico e deputado estadual Fabricio Pancadinha. Contudo, uma situação controversa surgiu quando moradores tentaram comercializar cervejas no local, sendo supostamente impedidos, segundo relatos à TV Livre Bahia.
Alguns comerciantes, que investiram significativamente em bebidas e estrutura, alegam terem sido barrados ao chegar ao evento. A revolta entre os prejudicados se manifestou em críticas direcionadas à organização, questionando a lógica de um evento com investimento público limitar o lucro dos moradores.
"Ele não ganha meu voto mais nunca", clamou revoltado um comerciante barrado. Outro disparou: "Evento da comunidade, mas de qual comunidade? A dele? Até bebida de lado de fora estão barrando pelo que ouvi falar, a pessoa levando para consumo próprio".
Em resposta às preocupações dos comerciantes e moradores, o deputado Pancadinha afirmou em outro vídeo: "Isso não é uma festa do governo do estado. O evento não é público. Quem paga o palco é o governo do estado? Quem paga o som é o governo do estado? O governo do estado está ajudando com minha emenda, não é o governo do estado que está pagando toda a estrutura que está lá dentro."
Contudo, ao analisar a resposta do deputado, fica evidente que a postura adotada não favorece a inclusão da comunidade no evento. Se o deputado estadual estivesse genuinamente a favor da comunidade, poderia ter articulado para permitir que todos os comerciantes tivessem a oportunidade de vender suas cervejas, promovendo uma abordagem mais inclusiva.
Além disso, ao minimizar a importância do suporte público ao evento, a resposta levanta questões sobre a transparência no uso de verba pública. É fundamental lembrar que, mesmo sendo através de sua emenda, a ajuda do estado é composta por verba pública, e eventos financiados dessa forma devem priorizar os interesses coletivos em detrimento dos privados.
O cientista político David Reis, proprietário do Novas Notícias, ao concluir sobre a situação, destaca: "No mínimo, faltou assessoria de imprensa para ele. Ele tentou se explicar, mas acabou se enrolando completamente. Se continuar nesse caminho, seu capital político se dissolverá mais rapidamente do que o tempo que investiu para construí-lo. Não se trata as pessoas dessa forma, e pronunciamentos públicos demandam uma abordagem mais cuidadosa e reflexiva."
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