O caso teria ocorrido na quinta-feira (16). A vendedora apontada como autora foi demitida e nega as acusações.
A Polícia Civil informou em nota que o caso será investigado. No vídeo registrado por uma pessoa que acompanhava a mãe da criança, identificada como Karla Gurgel, é possível vê-la dizer que após escolher o produto que iria levar e ir ao caixa para pagamento, ela apresentou uma carteira de identificação de autismo do filho e solicitou prioridade.
Em seguida, uma funcionária pediu que outra colega recebesse o pagamento e a trabalhadora, após finalizar o atendimento da mãe da criança, teria dito para a colega: "não me passe essas bombas não".
"Meu filho não é bomba. Não gostei. Eu exijo respeito com os autistas, pessoas com deficiência, porque eu sou mãe e ninguém aqui está livre de ter um filho com deficiência. E eu não aceito, porque já é difícil uma luta de uma mãe com uma criança que vem em um shopping para comprar uma roupa", desabafou Karla.
Já funcionária apontada por discriminação contra o filho de Karla Gurgel negou as acusações. Em um vídeo enviado para a produção da TV Subaé, filiada da TV Bahia na região, ela relatou que em nenhum momento destratou Karla e a criança.
A mulher disse ainda que não se referiu ao filho de Karla como uma "bomba", ela contou que esse é um termo utilizado para se referir a compras que não serão pagas com o cartão Riachuelo, porque desta forma não alcançaria as metas impostas pela empresa.
"A partir do momento que minha colega que estava no [caixa] preferencial trouxe ela [Karla] para o meu caixa eu perguntei por que ela [funcionária] estava passando [a cliente] para mim e minha clega simplesmente virou as costas, sem me responder. Eu atendi super bem ela e a criança", disse a ex-colaboradora.
Em nota, a Riachuelo informou que lamenta o acontecido e diz que a colaboradora foi demitida. Disse ainda que o comportamento da funcionária não condiz com os valores e praticados pela loja.
O Shopping Boulevard também emitiu nota de esclarecimento. Disse que a abordagem da colaboradora não está em conformidade com as orientações de atendimento ao público e boas práticas adotadas pelo estabelecimento comercial. Karla disse que pretende acionar a Justiça contra a Riachuelo e o Shopping Boulevard.
Nota de pronunciamento da Riachuelo
Nós da Riachuelo lamentamos o ocorrido em nossa loja em Feira de Santana e pedimos desculpas. O comportamento da ex-colaboradora no atendimento não condiz com os valores defendidos e praticados por nós da Riachuelo.
A empresa hoje conta com ciclos obrigatórios e periódicos de treinamento ao atendimento ao cliente, sempre em evolução e atualização, reforçando acima de tudo que o respeito a todos é inegociável. A partir desse caso, e em busca de que situações como essa não voltem a ocorrer, já está em implantação uma nova rodada extraordinária de treinamentos e capacitação da nossa força de vendas.
Reforçamos nosso compromisso constante com o cuidado para que todos se sintam bem-vindos e acolhidos em nossos espaços.
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