A juíza substituta Kismara Brustolin, do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC), pediu afastamento do trabalho nesta quarta-feira (29) para tratar sua saúde.
A coluna de Sakamoto aponta que falou com colegas de trabalho e pessoas próximas à magistrada que afirmaram que “Kismara Brustolin é uma profissional dedicada, mas realiza tratamento para problemas de saúde mental”.
Segundo eles, “ela tem transtorno bipolar diagnosticado e conta com acompanhamento médico”. A juíza chegou a ficar quase 24 meses afastada, entre idas e vindas, em um período de cerca de cinco anos.
Sakamoto acrescenta que depois foi solicitada sua readaptação funcional. No retorno, permaneceu afastada de audiências com o público, dedicando-se a despachos e sentenças por um ano. Passou, então, por um procedimento de avaliação, e um laudo de uma junta com três médicos a considerou apta a reassumir todas as funções. Em nota, o TRT-12 confirmou o afastamento da juíza.
“A suspensão da realização de audiências deverá ser mantida até a conclusão do procedimento apuratório de irregularidade ou eventual verificação de incapacidade da magistrada, com o seu integral afastamento médico.”
Nesta quarta-feira, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que irá apurar a conduta da juíza Kismara Brustolin, durante audiência em que gritou com uma testemunha. Durante uma audiência virtual no dia 14 de novembro deste ano, aos gritos, a juíza exigiu ser chamada de “Excelência” por um homem que foi ouvido como testemunha de um processo trabalhista. A magistrada ainda chamou o homem de “bocudo”.
O caso veio à tona após o vídeo da audiência ter sido publicado nas redes sociais. No vídeo da audiência que circula nas redes sociais, Kismara Brustolin se exalta ao chamar a atenção da testemunha e exigir ser tratada como “Excelência”.
“Eu chamei sua atenção. O senhor tem que responder assim: O que a senhora deseja, Excelência?”, afirmou. Em seguida, a testemunha repete, por duas vezes, que não entendeu a colocação da juíza. Diante da situação, a magistrada gritou; “Responda, por favor”. Ela ainda esbravejou: “Repete!”
A testemunha chegou a questionar se seria obrigado a seguir a determinação da juíza e foi informado que o depoimento seria desconsiderado do processo. “O senhor não é obrigado, mas se o senhor não fizer isso, o seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado”.
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