O cantor e compositor Jorge de Angélica, considerado um ícone do reggae na Bahia, morreu na noite de segunda-feira (30), em Feira de Santana, a 100 km de Salvador. Familiares confirmaram que o artista, de 64 anos, sofreu uma insuficiência renal e chegou a ser internado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) após sentir um desconforto.
Jorge Rodrigues adotou o nome artístico de Jorge de Angélica em homenagem a mãe, Ana Maria Angélica, líder e ícone de matriz africana. O cantor era conhecido por canções que falam de paz, amor e alertam sobre problemas sociais.
O cantor e compositor nasceu no bairro de Kalilândia, em abril de 1959, em Feira de Santana. Ele cresceu na região de Rua Nova, conhecida como o berço do reggae da cidade.
Dono do álbum Sopa de Papelão e de sucessos como "Bahia Negra" e "Cobra Coral", o reggaeman lançou a última composição este ano, a música "Gari". A canção homenageia os profissionais de limpeza pública, como no trecho que diz "as pessoas as vezes maltratam, lhes discriminam, lhes desrespeitam, lhes tratam mal, mas isso não é legal" .
Além disso, Jorge foi o fundador do projeto Afoxé Pomba de Malê e criador dos projetos "Cobra Coral" e "Mão Angelical: Jesus com a gente" , que beneficiava crianças e adolescentes do bairro Rua Nova com cursos de violão, dança e capoeira.
Se apresentou no Carnaval de Salvador, na Micareta de Feira de Santana, além de shows nos estados de São Paulo, Piauí e Amazonas. Uma das últimas apresentações aconteceu em agosto deste ano, em sua cidade natal.
A prefeitura da cidade de Feira de Santana decretou luto oficial pelo falecimento do artista. Em nota, o órgão lamentou a morte e reafirmou a importância do artista para o município. O velório e sepultamento do artista vai acontecer na tarde desta terça-feira (31), em Feira de Santana.
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