O corpo da mulher que morreu após ter sido atacada por três cães da raça rotweiller (Relembre aqui), foi sepultado na manhã deste sábado (14), sob forte comoção e pedidos de justiça. O enterro foi realizado um dia depois da tragédia, no mesmo local do ocorrido, em Ilha Grande, na cidade de Camamu, no baixo sul da Bahia.
A vítima, Maria Bárbara Conceição de Jesus, tinha 42 anos e deixou quatro filhos. Ela era uma marisqueira conhecida na comunidade. O corpo foi sepultado no cemitério da ilha, após um cortejo iniciado por volta das 9h, que percorreu as ruas da localidade sob gritos de pedidos de justiça.
Comovidas, dezenas de pessoas acompanharam a despedida. A família de Maria Bárbara dez um apelo: "Nos ajudem, por favor, a dar esse grito de justiça", disse uma das sobrinhas da vítima, Raquel Freitas.
Após o sepultamento, um grupo de familiares e amigos de Maria Bárbara foi até o imóvel onde os cães viviam e fizeram protesto pacífico, que foi acompanhado por policiais militares. Os manifestantes colaram cartazes na grade em torno do local.
A situação aconteceu na manhã de sexta-feira (13). Maria Bárbara Conceição seguia para pescar, ao lado do companheiro, quando foi surpreendida e mordida pelos cães. O homem, identificado pelo prenome Samuel, não foi ferido pelos cachorros.
Após o ataque, a mulher foi colocada em uma embarcação e levada para Camamu em busca de atendimento médico. Uma equipe do Samu já estava no local à espera da vítima, que foi encaminhada apara um hospital da cidade, mas chegou à unidade de saúde sem sinais vitais.
O animais eram criados em uma propriedade privada e foram retirados da ilha. Os responsáveis avisaram à equipe do g1 que os três cães serão cuidados por novos tutores, em um local seguro.
Caseiros que trabalham na propriedade foram à delegacia para prestar esclarecimentos, ainda na sexta-feira (13). O caso é investigado pela delegacia territorial de Camamu. Neste sábado (14), a reportagem pediu novas informações sobre o caso para a Polícia Civil e aguarda retorno.
Não há detalhes sobre o modo como os cachorros conseguiram sair do imóvel no ataque contra Maria Bárbara. No entanto, de acordo com moradores da ilha, os cães costumavam ficar soltos somente à noite. De dia, eles cavavam a areia do imóvel e passavam por debaixo da cerca de proteção.
O líder comunitário João Goes relatou outros dois casos em que os mesmos cães atacaram parentes dele do lado de fora da propriedade. "Meus primos foram vítimas dos cachorros. Eles passaram pela propriedade e os cães passaram por debaixo da cerca. Eles ainda chegaram a morder o pé de minha prima. Ela caiu e, por milagre, conseguiu fugir", disse, em entrevista ao G1.
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