O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, anunciou que mais uma empresa que ficaria responsável pelas câmeras do fardamento dos policiais da Bahia foi desclassificada pela Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-BA). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (18).
A empresa foi a terceira colocada no certame e teve os equipamentos analisados após a desclassificação da segunda empresa. Com isso, o quarto colocado terá os documentos analisados pela secretaria. Em entrevista para a TV Bahia, Jerônimo Rodrigues disse que o processo burocrático para a compra dos equipamentos o deixa "cansado" e "irritado," mas que ele precisa ter "paciência".
"Chamamos a 1ª [empresa], a 2ª e já estamos na quarta. É um processo legal, a gente não pode, como governador, colocar a caneta e resolver. Meu desejo era esse, porque eu tenho pressa para que isso aconteça", disse Jerônimo Rodrigues.
Os testes das câmeras de segurança no fardamento de policiais na Bahia, realizados em agosto, foram reprovados, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-BA).
De acordo com a SSP-BA, a segunda empresa que forneceria as bodycams, como são conhecidas, também foi desclassificada por não atender as demandas solicitadas no edital. Conforme o órgão de segurança pública, os equipamentos apresentaram inconsistência nas imagens geradas.
O governador Jerônimo Rodrigues não detalhou o motivo da reprovação da terceira empresa. O g1 aguarda posicionamento da SSP para explicar a situação.
Após a análise dos documentos, não existindo impedimentos, será marcada uma nova prova de conceito, com acompanhamento do Ministério Público (MP-BA), do Tribunal de Contas do Estado (TCE), da Auditoria Geral do Estado, da Defensoria Pública do Estado (DPE) e de Organizações Não Governamentais (ONGs). As instituições participaram da mesma etapa promovida com a empresa desclassificada.
Os pontos avaliados, de acordo com a SSP-BA, serão: qualidade das imagens e dos áudios captados durante atividades preventivas e ostensivas, autonomia da bateria, resistência, transmissão e armazenamento de imagens.
Chamadas de body cams, os aparelhos são acoplados nas fardas e filmam as operações policiais. Segundo o secretário Marcelo Werner, a aquisição da tecnologia visa, dar mais transparência às ações policiais. As câmeras foram testadas em um estudo feito por universidade em Santa Catarina, no sul do Brasil, e implementadas em algumas unidades policiais do Rio de Janeiro em 2022.
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