terça-feira, 12 de setembro de 2023

Vigilante que se identificava como policial em São José da Vitória é denunciado por agressão contra mulheres

Duas mulheres denunciaram Alan Filho, vulgo Coquinho, por agressão e ameaça na cidade de São José da Vitória, no sul da Bahia. (Relembre aqui). Os casos foram filmados e, segundo as vítimas, o suspeito dizia ser policial. Ele prestou depoimento nesta terça-feira (12) e teve uma arma de brinquedo apreendida.

Segundo o delegado da cidade, Izael Fiterman, o suspeito não é policial, a arma usada nas ameaças é falsa e a família alega que ele tem problemas psicológicos. A expectativa é que o homem passe por exames.

O caso mais recente aconteceu no dia 2 de setembro e foi publicado nas redes sociais. No vídeo, é possível ver que Alan deu vários socos em uma mulher, que estava sentada no chão e tentava se proteger com as mãos. Segundo ela, que tem 48 anos e não quis ser identificada, também houve importunação sexual.

Vídeo: 

“Eu tinha descido para comprar um lanche e ele veio, me abraçou por trás e apertou meu seio. Eu o empurrei, falei para me respeitar e fui para outro estabelecimento”, contou.

Ao chegar na loja, a vítima percebeu que o local já estava sendo fechado e não entrou. Foi então que o suspeito, que a seguiu até o local, mandou que ela ficasse de joelhos e apontou uma arma para a cabeça dela. “Não deu tempo de ficar de joelho, porque ele deu um murro na minha cabeça e eu caí sentada”, relembrou.

Após a repercussão do vídeo desse momento nas redes sociais, uma comissão da Federação Brasileira de Direitos Humanos passou a acompanhar o caso. "Pedimos as guias para fazer o exame de corpo de delito e a prisão preventiva dele. Também vamos entrar com medida cautelar para protege-la, pois ela foi ameaçada”, afirmou a advogada Andrea Peixoto, membro da comissão.

Outro crime

Na noite de 31 de agosto, uma jovem de 22 anos também alegou ter sido agredida pelo mesmo suspeito, no meio da rua. Ela contou que voltava de um banheiro público, que fica próximo a praça da cidade, quando foi importunada, agredida e ameaçada.

"Ele simplesmente em empurrou, começou a tocar nas minhas partes íntimas me batendo. Dizia que ia me matar e o tempo todo dizia que era polícia", disse.

Segundo a jovem, o homem parou de agredi-la porque uma outra pessoa intercedeu. Após a agressão, a vítima prestou depoimento na delegacia da cidade e o caso também é investigado.