terça-feira, 5 de setembro de 2023

Brasil: Ciclone extratropical no Rio Grande do Sul; entenda fenômeno e previsão para os próximos dias

Um novo ciclone extratropical se formou na segunda-feira, 4, no Rio Grande do Sul, provocando tempestades e fortes rajadas de vento. Quatro pessoas morreram, de acordo com a Defesa Civil do Estado, e dezenas de cidades registram prejuízos e estão com pessoas desalojadas. Alertas ainda estão sendo emitidos para possíveis inundações, assim como para transbordamento de rios.

Enquanto a frente fria avança em direção a São Paulo, o ciclone extratropical que se formou no litoral gaúcho se afasta do Brasil para o oceano nesta terça-feira, (05).


INMET - previsões futuras
Ainda segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a situação atual está relacionada à circulação dos ventos e à baixa pressão que se formou sobre o Paraguai.

Ou seja, os ciclones extratropicais representam uma área de baixa pressão atmosférica, onde os ventos giram em um círculo completo, no sentido horário no Hemisfério Sul. Eles se originam a partir de grandes contrastes de temperatura.

“Quanto mais baixa a pressão atmosférica, mais intensos são os ventos e maior é o potencial para formação de nuvens carregadas, que podem provocar chuva intensa. O processo de formação de um ciclone extratropical, próximo do continente, pode provocar muitas horas consecutivas de chuva e os grandes acumulados podem causar enchentes, encharcamento do solo e deslizamentos de terra”, acrescenta a Climatempo.

O fenômeno que atingiu o Rio Grande do Sul causou uma situação muito parecida com outros eventos de formação de frente fria e de ciclones que têm ocorrido no Sul do País desde meados de junho.


Rajadas de vento de até 100 km/h
Os ciclones extratropicais podem ocasionar ventania intensa e muita chuva, dependendo da sua força e da proximidade com o continente.

Nesta terça-feira, o leste do Rio Grande do Sul, as serras gaúcha e catarinense e o litoral sul de Santa Catarina ainda vão sentir rajadas fortes, com velocidade de até 80 km/h. No entanto, segundo a Climatempo, os pontos altos das serras podem ter rajadas em torno de 100 km/h.

Além da passagem do ciclone extratropical, uma grande quantidade de nuvens do tipo cumulonimbus também se formou sobre o Sul do Brasil e sobre parte de Mato Grosso do Sul na segunda-feira.

“Além de muita chuva, estas nuvens também produziram intensas rajadas de vento, que superaram os 100 km/h em locais do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de Mato Grosso do Sul”, disse a Climatempo.


Mortes registradas no Rio Grande do Sul
Em Ibiraiaras, duas morreram após ficarem presas dentro de um veículo e serem levadas pela água. Houve também um óbito por descarga elétrica, em Passo Fundo. Em Mato Castelhano, uma pessoa desapareceu ao tentar cruzar um rio com uma caminhonete.

Muitas casas em diversos municípios do Estado sofreram danos após a ventania, a chuva forte e a queda de granizo. Além disso, ainda há muitos pontos de alagamento. Confira o panorama das cidades afetadas.

Segundo o Inmet, na madrugada de segunda-feira, já havia a previsão da formação de um ciclone extratropical no oeste do Rio Grande do Sul, nas proximidades da cidade de São Borja. Posteriormente, ele avançou para outras regiões ao longo da segunda-feira.

O Presidente Lula
Por meio das redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentou a situação enfrentada pelo Rio Grande do Sul e anunciou, nesta terça-feira, 5, que o secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Aparecido Wolff Barreiros, visitará o Estado gaúcho. (Estadão)

Mesmo cumprindo a agenda de Chefe de Estado na formatura dos novos Agentes da Polícia Federal, o excelentíssimo não deixou de solidarizar com as vítimas desoladas do Sul do país.

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