O Escritório Regional para a América do Sul da ONU Direitos Humanos publicou uma nota, neste sábado (19/8), em que condena o assassinato da liderança quilombola Bernadete Pacífico. A mulher foi morta a tiros em casa, num terreiro religioso, na quinta-feira (17/8), no município de Simões Filho, na Bahia. O assassinato será investigado pela Polícia Federal (PF).
Em nota, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos na América Latina instou também o governo brasileiro a fazer uma “investigação célere, imparcial e transparente”.
“A ONU Direitos Humanos convoca o Estado brasileiro a realizar uma investigação célere, imparcial e transparente, e que sejam respeitados os mecanismos de proteção legal para o amparo das comunidades quilombolas, bem como medidas de proteção e reparação para os familiares e a comunidade de Bernadete Pacífico”, disse a agência.
“A ONU Direitos Humanos manifesta sua solidariedade com a família e a comunidade dessa reconhecida mulher negra, quilombola, representante de uma religião de matriz africana e defensora do seu território”, diz a nota.
Sobre o caso:
Maria Bernadete Pacífico, a sacerdotisa Ialorixá e ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho (BA). A líder quilombola possuía 72 anos, foi morta em Pitanga de Palmares, com doze tiros. O filho dela, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo, foi executado com dez tiros, em 19 de setembro de 2017.
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