O recorte de jornal acima é datado de 1950. Não é de agora que casos semelhantes acontecem no meio da sociedade, independentemente de valor aquisitivo. A reportagem retratada no material exposto relata que João Emiliano foi apanhar lenha para sua família e encontrou uma ossada humana. Em Itabuna, infelizmente aconteceu algo parecido. Setenta e três anos depois, a ossada de Vera Lúcia Vaz Vieira foi encontrada.
A imprensa, no dia 21 de julho, se mobilizou para ouvir a versão da polícia, que até aquela data específica, não se sabia o paradeiro da idosa, que desapareceu e a casa em que mora foi encontrada aberta, mas sem sinais de arrombamento.
Hoje, (19) de agosto, faz dois meses que ela desapareceu de sua residência, no bairro Castália, em Itabuna. O caso chocou a região, quando a mobilização familiar tentou por diversas formas encontrar “o mandante”, “o executor” ou “o raptor” da idosa de 73 anos.
Tantas versões foram especuladas pela comunidade regional e, até dado o momento, ninguém soube quando foi o enterro dos restos mortais.
No dia da coletiva de imprensa, quando foi noticiado sobre o fim trágico do sumiço de dona Vera Lúcia, o coordenador da 6ª Coorpin, Evy Paternostro, relatou que uma ossada foi encontrada por populares na Zona rural do Japu, distrito de Ilhéus, no dia 25 de junho, sabido pelo Centro Integrado de Comunicação — CICOM, e que “o tempo cronológico da deterioração do cadáver não condiz com as estudadas na literatura forense”, palavras ditas pela autoridade policial.
As medidas tomadas no passado aguardam resultados, reafirmou Evy, mas as do presente não serão reveladas para não atrapalhar a investigação. (Veja vídeo da coletiva de imprensa).
A polícia, até aquele dia, tratava como extorsão mediante sequestro, com resultado em morte.
Contudo, dias antes, circulavam em redes sociais locais, as fotos da ossada. Estas, que gostaria de colocar aqui, mas impossibilitada não é permitido, tentarei descrever.
Ossada:
As quatro fotografias retiradas de um celular não identificado registraram como nenhum ser vivo, com dignidade humana, deveria ter sido morto. Havia ossos esqueletizados à mostra total, alguns restos de pele humana retorcida e muitas moscas-varejeiras pousadas sobre os restos mortais.
Não há roupas, cabelos, unhas, nada que vincule a um ser que viveu, amou, respirou, e foi amada por sua família e amigos, será? Quatro dedos do pé à mostra, e a posição dos ossos parece totalmente retorcida, como se tivesse sido atirada naquele espaço já sem vida.
Ao redor da terra, existiam alguns gravetos que aparentam terem sido queimados, mas com outro material que não-inflamável, sem sinal de fogo, ou poderia haver carvão, ou resíduos afins.
Uma vegetação fresca jogada por cima, conforme fosse acobertar a cena instalada no local. Ela morreu indefesa, tinha problemas cardíacos. A última fotografia de uma câmera de vigilância, estava sorridente.
O que houve ali, nunca saberemos. O que aconteceu com Vera, estamos aguardando alguma resposta. Não pode virar piada a dor de alguém, não pode haver impunidade, para não ter repetição. Quem matou dona Vera? Por que matou a idosa, se pediram resgate? Por que não continuaram as negociações? As respostas esperamos da perícia e da investigação das autoridades responsáveis.
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