Lucas Cruz, ex-marido de Luana Santos Brito (29), acusado de executar a vítima com tiros à queima-roupa no bairro São Roque, compareceu ao Complexo Policial de Itabuna no final da manhã.
Acompanhado de um advogado, ele encontrava-se foragido da polícia devido à prática do crime de feminicídio.
Lucas cometeu o homicídio preparando uma emboscada, quando realizou um telefonema para ela, solicitando para uma conversa amigável de frente a casa que eles moravam quando casados. Ao chegar o local, ele desferiu os seis tiros na frente da residência após uma discussão e fugiu.
Evy Paternostro — Coordenador da 7.ª Coorpin, interrogou Lucas e afirmou numa coletiva de imprensa, realizada após a saída do autor confesso para a penitenciária em Itabuna, que vai responder pela Lei de Feminicídio a 13.104/2015. Contou que o mesmo não se apresentara antes com “medo” da prisão, e que seria o motivo principal pelo sumiço do acusado.
O crime tem motivação passional no contexto de violência doméstica e familiar, ocasionada pela disputa de bens materiais — o apartamento construído em conjunto, segundo afirmou desde o início a família de Luana.
A irmã de Luana destacou em rede televisiva que a mãe e as crianças não saiam de casa por conta do medo instalado, já que no dia da morte, ele atraiu a vítima com ameaças as mesmas, e lembrou que, a irmã estava sob medida protetiva.
Segundo lives de redes sociais, repórteres acompanhando de perto toda a manifestação e a saída de Lucas para a Colônia Penal, aguardou o momento do exame de corpo delito para os trâmites finais da prisão.
Os manifestantes acampados desde o início da oitiva de escuta do acusado, afirmam que não farão mais protestos, pois o objetivo principal foi alcançado ao vê-lo preso. Por conta da manifestação familiar de Luana, e por medida de segurança, a médica legista se deslocou até o acusado para a execução de exame Corpo Delito, com a informação de que nada consta de lesão corporal.
Debaixo de protestos, muita gritaria e correria na saída de Lucas, que no depoimento assumiu a culpa e ainda durou mais de 3 horas.
“Lucas afirmou que ela foi até o São Roque tomar satisfação e dizer que prestaria queixa contra ele, quando ele desceu as escadas e deflagrou o primeiro tiro, perdendo a noção do que estava fazendo. Quando se recompôs percebeu estar fugindo e arremessou a arma pela rua Bionor Rebouças” — contou Evy.
Ele era vigilante possuía porte de arma de fogo, um Taurus — registrada na PF, devidamente legalizada. Tentou fugir com a moto do primo, mas não conseguiu. Confessou estar arrependido porque duas famílias foram destruídas.
Luana era empreendedora, sócia no comércio de beleza capilar com uma amiga, deixou saudades e duas filhas órfãs — aos cuidados de sua mãe, e seus familiares.
Matéria em atualização... 16:27
Relembre o caso nos links abaixo:
Mulher é assassinada a tiros pelo ex-marido em Itabuna
Itabuna: manifestação pede justiça pela morte de Luana Brito, vítima de feminicídio