O coordenador regional Evy Paternostro da 6.ª Coorpin convocou uma coletiva de imprensa nesta tarde (21), para informar a população sobre o triste fim do caso Vera Lúcia. A idosa estava desaparecida desde o dia 19/07 quando seus filhos foram notificados de sua ausência.
O delegado afirmou que houve um indicativo de violência na casa dela, quando a perícia foi realizada no local. Após confirmar a solicitação de um milhão de reais aos familiares, a entrega de cartões de crédito e um talão de cheques assinados, como prova indireta de vida, a investigação foi direcionada para uma possível extorsão mediante sequestro.
À espera de um novo contato do sequestrador, a polícia tomou todas as medidas cabíveis em relação à proteção de dona Vera e dos familiares, porém o mesmo exigia a saída da imprensa e dos investigadores para a entrega da idosa.
Conforme os bilhetes escritos a mão, a caligrafia segue um padrão enquadrado, o português formal sugere uma pessoa estudada, além de uma concordância gramatical. Não foi revelado o meio que o suposto sequestrador contactou a família. Ao passar os dias, a investigação sugeriu ser possível a morte.
- "Bom dia! Tiramos dona Vera na terça umas 4:00 horas da manhã. Ela está bem. Está viva. A prova são os cartões e o talão do banco com folhas assinadas por ela hoje".
- "Passamos hoje cedo pela entrada da faz. dela. Providencie o dinheiro e nada de polícia seguir, não, pois qualquer coisa a operação será cancelada".
- "Tirem a polícia do caso com urgência para o bem de Vera. Parentes são os culpados de tudo. Serão 3 contatos com esse. Queremos 1.000.000,00 até amanhã".
- "Os cheques e os cartões estão devolvidos até amanhã com o dinheiro. Isso já tem mais de 20 anos... Agora é a hora".
“Tirem a polícia do caso, com urgência pro bem de Vera, parentes são culpados de tudo. São 3 contatos com esse. Queremos um milhão até amanhã.”, dizia um dos bilhetes mostrados pela perícia, até a pontuação ser bem colocada.
Abaixo você confere vídeo de coletiva de imprensa:
Houve uma comunicação entre as delegacias de Ilhéus e Itabuna para um possível reconhecimento de algum corpo feminino, que foi encontrado dias depois. Evy relatou que o tempo cronológico da deterioração do cadáver não condiz com as estudadas na literatura forense.
O Delegado, e Marco Antônio, coordenador dos DPTs de toda Bahia, afirmaram que as investigações continuarão em sigilo para não atrapalhar a solução do crime. Os peritos continuam os trabalhos de pesquisa para justificar o encontrado.
Os restos mortais estavam acelerados no processo de decomposição, visto que na medicina legal, não há relatos do que foi encontrado. Um cadáver totalmente esqueletizado, sendo incompatível com o período atual.
Sem vestes ou outro vestígios para nortear a perícia, a odontologia legal foi o meio utilizado para comparar e identificar mediante uma radiografia panorâmica dentária. Com a ajuda de cinco peritos envolvidos, conseguiram a identificação da ossada. O corpo foi liberado para a família angustiada.
As medidas tomadas no passado aguardam resultados, reafirmou Evy, mas as do presente não serão reveladas para não atrapalhar a investigação. A polícia ainda trata como extorsão mediante sequestro, com resultado em morte. E o meio de comunicação e a entrega dos bilhetes não foi revelado. Ainda não há autoria do crime, segue a investigação em curso.
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O relato da autoridade é direcionado cronologicamente pelo aparecimento dos fatos. Segue um histórico minucioso da fala jurídica:
- 19/06: última vez que a idosa foi vista;
- 21/06: começa as divulgações em redes sociais, frisando que os filhos chegariam e que ela usava um marcapasso;
- 22/06: Evy trata o caso como um crime de sequestro mediante resultado da perícia na residência, e ampla divulgação nas redes sociais, televisão, rádio e outras mídias;
- 25/06: CICOM obteve a informação que na Zona rural do Japu foi encontrado restos de uma ossada;
- 28/06: o desaparecimento, virou uma extorsão mediante sequestro, com o primeiro contato;
- 28/06: o encontro de provas de vida, talão de cheques assinado e dois cartões de crédito, na BR 101;
- 10/07: divulgação em outdoors na região sul;
- 19/07: Filhos abrem as redes sociais para ampliar divulgação da desaparecida;
- 21/07: nova perícia in loco; na casa de dona Vera para avaliar possíveis elementos de provas.
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