segunda-feira, 27 de março de 2023

Praga ‘importada’ da Costa do Marfim ameaça produção de cacau

“Aquele ouro que nasce nas terras de Ilhéus, da árvore do cacau”, como escreveu Jorge Amado, pede socorro novamente. Já não é mais a era dourada cacaueira na Bahia narrada nos romances do escritor. Contudo, o fruto que gera o chocolate ainda cumpre um importante papel no estado, onde há 40 mil produtores de cacau, espalhados por 126 municípios. Estes cacauicultores, a grande maioria da agricultura familiar, sofrem com a possibilidade de enfrentar uma nova praga desde a chegada da vassoura de bruxa, no final dos anos 1980: o Phytophthora megakarya.

Por ironia, este patógeno pode chegar a qualquer momento no Porto de Ilhéus, com aval do governo federal. A espécie citada, considerada como praga quarentenária, não é encontrada nas plantações nacionais, apenas na África. Ela é bem invasiva e pode destruir plantações de cacau inteiras, causando uma podridão generalizada nos cacaueiros.

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