sexta-feira, 17 de março de 2023

Inflação de produtos ligados à Sexta-feira Santa sobe 12,21% na Bahia, aponta Fecomércio


A inflação de produtos ligados à Sexta-feira Santa subiu 12,21% na Bahia no período de um ano, conforme aponta Fecomércio-BA. O aumento chama atenção já que a Sexta-feira Santa e a Páscoa se aproximam.

De acordo com estudo da Fecomércio-BA, com base nas informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação de mais de 12% nos principais produtos e ingredientes ligados aos feriados é quase o dobro da inflação geral da região, que é de 6,51%.

A cebola, procurada para preparar os pescados tradicionais para a época, foi um dos produtos com maior aumento conforme explica o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

"A grande vilã é a cebola com aumento médio de 40,95% em 12 meses. Além da menor oferta prevista no Nordeste, as chuvas de verão na região sudeste também atrapalharam a colheita e a distribuição entre as centrais de abastecimento", explicou Dietze.

Ainda de acordo com o consultor econômico, os peixes subiram 1,96% em um ano, abaixo da inflação geral. Porém, o essencial acompanhamento, o arroz, ficou 16,28% mais caro. Ou seja, o consumidor se beneficia por um lado, mas sente a pressão do preço por outro.

De acordo com a Fecomércio, embora haja uma crise internacional do produto, sobretudo nos Estados Unidos com a gripe aviária, no Brasil o problema é o aumento de custo de produção combinado com a redução de oferta.

Por outro lado, quem busca economizar um pouco na refeição da Páscoa pode aproveitar a queda anual de 6,04% do tomate e de 4,37% do azeite de oliva.

"Agora, tratando de outro produtos relevante para o período, o chocolate, este também está com preço médio mais salgado. O chocolate e achocolatado em pó teve aumento de 22,15% em um ano e o chocolate em barra e bombom subiram, em média, 11,02%", alerta o economista.

Embora não haja o ovo de páscoa na lista, esses produtos dão a tendência de que este produto sazonal também sofrerá com preços altos. E não só por causa do preço do chocolate, mas pelo encarecimento das embalagens, da mão de obra, entre outros custos.

A Fecomércio não faz a coleta de preços dos produtos da Cesta da Páscoa. O estudo é feito com base nas informações do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, e com recorte da RMS.

A federação explicou que o ovo de páscoa não faz parte da cesta por ser um produto sazonal, que não é feita a coleta pelo IBGE ao longo do ano. Desta forma, a entidade utiliza produtos similares, como o chocolate, chocolate em barra e o bombom, para ter a melhor aproximação possível da variação do ovo.

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