terça-feira, 28 de março de 2023

Defesa de Bolsonaro confirma Rolex e diz que pode entregar itens à União

 

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) confirmou que o ex-presidente ficou com um relógio Rolex e outros itens de luxo dados de presente em 2019 durante uma visita à Arábia Saudita.

Em nota, os advogados de Bolsonaro, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Bettamio Tesser, afirmam que o conjunto foi registrado e incluído no acervo da presidência de acordo com a legislação em vigor, e que estão "à disposição para apresentação e depósito, se necessário."

Os advogados disseram, ainda, que todos os presentes recebidos pelo ex-presidente vão ser submetidos a uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), "assim como ocorreu com os mandatários anteriores."

O Ministério Público junto ao TCU vão pedir para que Bolsonaro devolva as joias.

A existência do novo conjunto de joias foi relevado pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira (28) e confirmado pelo blog com ex-integrantes do gabinete pessoal do ex-presidente. Os itens estão num galpão que guarda outros materiais que Bolsonaro levou ao deixar a Presidência da República.

Segundo o jornal, a caixa inclui um relógio Rolex, uma caneta da marca Chopard prateada, um par de abotoaduras em ouro branco, com um brilhante cravejado no centro; um anel em ouro branco com um diamante no centro e outros em forma de “baguette” ao redor; e uma masbaha (um tipo de rosário árabe), feito de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes.

O conjunto foi entregue à comitiva de Bolsonaro durante uma viagem ao Catar e a Arábia Saudita em outubro de 2019.

Segundo o blog apurou, a PF vê indícios de peculato praticado por Bolsonaro no caso da nova leva de presentes.

Além dessas joias, o ex-presidente levou consigo ao deixar o mandato outro conjunto de joias, essas todas da marca de luxo Chopard, entregues a uma comitiva do Ministério das Minas e Energia em uma viagem posterior, de outubro de 2021.

Na semana passada, a defesa de Bolsonaro entregou esses itens numa agência da Caixa Econômica Federal em Brasília, em cumprimento a uma decisão do Tribunal de Contas da União, que entende que o presidente não pode, ao deixar o cargo, levar consigo bens de valor elevado.

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