Alves é acusado de ter estuprado uma espanhola de 23 anos em uma boate em Barcelona no fim de dezembro. Ele nega, mas no fim de janeiro a Justiça acatou um pedido da Promotoria para mantê-lo em prisão preventiva.
O risco de fuga foi o principal argumento dos juízes para mantê-lo preso enquanto aguarda resolução do caso.
A defesa do jogador havia alegado que desmontaria o argumento do risco de fuga ao provar que o brasileiro tem residência fixa em Barcelona - ele tem uma casa na capital catalã com sua esposa, a modelo espanhola Joana Sanz. Os advogados ofereceram ainda que jogador entregasse seus passaportes e se apresentasse diariamente à Justiça como garantia de que não deixaria a Espanha.
Os juízes, no entanto, entenderam que as garantias não excluem a possibilidade de que o brasileiro possa fugir para o Brasil. Para isso, alegaram que:
- A residência principal de Daniel Alves é no Brasil
- Ele tem uma série de negócios em território brasileiro
- Ele possui ainda condições financeiras de alugar um avião para deixar a Espanha sem os controles tradicionais dos aeroportos
A defesa de Alves, encabeçada por um dos principais advogados criminalistas do país, estava confiante de que o recurso seria positivo para o jogador. Os advogados contaram à imprensa espanhola que o texto do recurso desarmava os principais argumentos da acusação e da Promotoria de Barcelona.
No fim de semana, se soube que um dos três juízes que julgariam o recurso é Eduardo Navarro, um conhecido magistrado espanhol que tem por estilo negar pedidos de prisão preventiva. Navarro costuma defender que acusados aguardem processos em liberdade.
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