O imunizante que está sendo desenvolvido pelas farmacêuticas usa a tecnologia de TNA mensageiro (RNAm), a mesma da vacina contra a Covid-19 fabricada pelas empresas.
A fase 2 do estudo combinou a vacina mRNA-4157/V940 e a imunoterapia Keytruda, que funciona aumentando a capacidade do sistema imune do corpo de ajudar a detectar e combater as células tumorais, em pacientes com câncer de pele nos estágios III e IV que já haviam passado por resseção cirúrgica completa.
O tratamento conjunto se demonstrou 44% mais eficaz em reduzir o risco de recidiva ou morte nos pacientes do que a imunoterapia sozinha.
Segundo a CNN Brasil, as duas empresas pretendem discutir os resultados com as autoridades regulatórias para iniciar a fase 3 do estudo em 2023. Moderna e MSD vão compartilhar os custos e lucros igualmente.
“Estes resultados são altamente encorajadores para o tratamento do câncer. O mRNA foi transformador para a Covid-19, e agora, pela primeira vez, demonstramos o potencial para o mRNA ter um impacto nos resultados de um ensaio clínico em melanoma”, disse Stéphane Bancel, Diretor Geral da Moderna.
Ela também disse que a empresa pretende iniciar estudos adicionais em melanoma e outras formas de câncer “com o objetivo de trazer um tratamento de câncer verdadeiramente individualizado aos pacientes”.
Eventos adversos foram observados em 14,4% dos pacientes que receberam a combinação do imunizante e Keytruda, em comparação a 10% que receberam apenas Keytruda, e eles foram consistentes com os anteriormente relatados no ensaio clínico de fase 1.
“O Brasil é o segundo país no mundo com o maior índice de câncer de pele e a combinação de conhecimento entre as duas empresas combinando a vacina mRNA com imunoterapia é uma inovação que pode ajudar a trazer grandes benefícios aos pacientes brasileiros”, diz Marcia Abadi, diretora médica da MSD Brasil.
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