Entre 2015 e 2021, a Defensoria analisou os autos de prisão em flagrante de 31.029 pessoas. Durante esse período o perfil das pessoas detidas foi majoritariamente de homens (94,2%), negros (98,3%), jovens com até 29 anos (65,53%) e com ensino fundamental incompleto (32,76%). O que também não alterou foi a manutenção da DP-BA como principal representante na garantia de direitos (61,5%).
O defensor geral Rafson Ximenes considerou os dados sobre o perfil das pessoas presas em flagrantes “preocupantes”. Para ele, essa é a confirmação da realidade do racismo inscrita que faz com que as pessoas negras sejam consideradas suspeitas de delitos, mas também na ausência de políticas para reduzir a desigualdade entre negros e brancos. “Com isso, a população negra se mantém mais vulnerável e alvo preferencial das políticas de segurança”, aponta.
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