Dois dos três suspeitos de envolvimento na morte da adolescente trans de 16 anos a facadas em Ibicaraí, se apresentaram na delegacia da cidade na terça-feira (8) e confessaram que presenciaram o crime. O terceiro suspeito do crime segue foragido. Ninguém foi preso.
Segundo informações da Polícia Civil de Ibicaraí, os dois suspeitos foram ouvidos e liberados posteriormente, porque o mandado de prisão preventiva ainda não foi deferido pela Justiça. Eles não tiveram os nomes divulgados, mas são maiores de idade e não têm passagem pela polícia.
Nos depoimentos, eles contaram que o homem que está foragido foi quem matou Kauana Vasconcelos na madrugada do dia 3 de novembro.
As versões da dupla foram parecidas. À polícia, os suspeitos disseram que encontraram o terceiro suspeito na rua e ele pediu uma casa emprestada para se encontrar com uma mulher. Um deles cedeu e deixou o suposto casal ir para a sua casa.
No imóvel, a vítima e o foragido teriam ido para um quarto, enquanto os outros dois suspeitos teriam ficado na sala. Eles disseram que ouviram uma discussão e logo depois viram o foragido sair do quarto com uma faca suja de sangue. O foragido teria ameaçado os dois homens e fugido do local.
Após serem ameaçados, os dois que se apresentaram na delegacia na terça-feira, disseram que viram Kauana ferida, mas fugiram do imóvel.
A Polícia Civil da cidade informou que o crime é investigado como homicídio e que espera a liberação do mandado de prisão preventiva para prender os dois suspeitos que se apresentaram na delegacia.
O crime
O caso aconteceu no bairro Corina Batista. De acordo com a polícia, moradores informaram que a adolescente foi levada por um homem em uma motocicleta para uma casa na Rua Nova, onde estavam outros dois suspeitos.
No imóvel, ela teria sido esfaqueada e depois arrastada até um terreno baldio, onde tentaram afogá-la.
A polícia ainda informou que Kauana foi socorrida por vizinhos e levada para o Hospital Municipal Arlete Maron, mas não resistiu aos ferimentos.
Ela foi enterrada na última sexta-feira (4), no cemitério de Ibicaraí. No mesmo dia, familiares e amigos da vítima protestaram contra a morte da adolescente e pediram justiça.
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