Em Salvador e região metropolitana, existem cerca de 1.500 escolas da rede particular e a expectativa do Sinep é que a maioria aumente os preços cobrados.
O reajuste médio nas mensalidades é maior que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desse ano, que é de 5,6%, divulgado pelo Banco Central.
"As escolas particulares perderam alunos da educação infantil, deram altos descontos e tiveram que fazer altos investimentos para realizar as aulas remotas. Isso gerou uma descapitalização muito grande das escolas", afirmou o presidente do Sinep, Tadeu Coelho.
Em uma escola de educação infantil e fundamental em Salvador, no bairro de Itapuã, a previsão de reajuste é estimado entre 10% a 15%. A diretora afirma cerca de 70 alunos saíram durante o período de pandemia, a grande maioria do ensino infantil.
"Tivemos gastos com recursos tecnológicos, a internet e a preparação dos colaboradores para utilizar os equipamentos. Precisamos fazer investimentos para se adequar ao momento atual", disse Jordânia Santos, diretora da unidade de ensino.
Procon alerta que reajuste precisa ser justificado
De acordo com o Procon, as escolas particulares podem aumentar as mensalidades caso justifiquem ao consumidor e a adição esteja dentro das margens.
"Ao detectar o reajuste abusivo, fora da inflação e da oferta pedagógica, nós orientamos que denunciem ao Procon", disse Tiago Venâncio, superintendente do Procon.
Em nota, o Ministério Público da Bahia alertou os consumidores sobre os eventuais abusos de unidades de ensino na exigência de materiais. A ação busca esclarecer possíveis excesso na lista solicitada pelas escolas.
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