A mãe de uma menina de 11 anos, que tem síndrome de down, está aflita e busca dois procedimentos para a filha que está acamada: a retirada do tubo de traqueostomia colocado para ajudar na respiração e a troca da sonda usada para a garota se alimentar. Elas moram na cidade de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia.
Laura Ferreira em maio do ano passado era uma criança ativa, mas após se engasgar durante uma refeição, ficou sem conseguir respirar, teve isquemia cerebral e muitas sequelas.
Desde então está acamada, não fala, nem se movimenta, se alimenta por meio de sonda, e respira através do aparelho de traqueostomia, fixado na garganta que ajuda na respiração.
A sonda que Laura usa para se alimentar está danificada e obstruída. Segundo a mãe da menina, Sinaite Ferreira, era para ser trocada depois de seis meses de uso, mas até o momento, quase um ano e meio depois que foi colocada, isso ainda não aconteceu.
"Muito corta meu coração as vezes, quando eu dou alimento para minha filha, ver ela chorando de dor, porque eu sei que dói, pelo sofrimento e dor que eu vejo", disse a mãe da menina.
Agora está no momento de Laura tirar o aparelho de traqueostomia, porque, de acordo com a família, o fisioterapeuta que atende a criança disse que ela já está preparada para esse passo.
"Ele falou para mim que ela já pode. Ela já aprendeu a engolir, a respirar pelas vias aéreas, está incomodando ela até a falar", afirmou Sinaite Ferreira.
Laura precisa tirar o aparelho para viajar para Salvador e fazer tratamento no hospital Sarah Kubitschek, referência no tratamento de crianças com este quadro de saúde. No local, ela vai poder contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar com fisioterapeuta, fonoaudiólogos, neuropediatras e psicólogos.
"Ela não pode ir com o aparelho porque eles falaram para mim que existe o risco muito grande de contaminação e eles não aceitam. Tem que fazer o desmame do aparelho primeiro", contou a mãe de Laura.
Em relação a sonda que Laura se alimenta, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Seguro disse que só recebeu o pedido de uma nova no dia 29 de setembro deste ano e que a compra do equipamento já foi feita.
"Já fizemos a solicitação com a empresa, ela tem 15 dias úteis para nos entregar. Acabei de entrar em contato com a empresa, ela disse que já despachou, então está dentro do prazo", afirmou o subsecretário de Saúde de Porto Seguro, Tarcio Lapa.
Com relação ao aparelho de traqueostomia, o Hospital Luís Eduardo Magalhães de Porto Seguro disse que vai fazer a retirada assim que a mãe apresentar o encaminhamento do fisioterapeuta atestando que o procedimento pode ser feito. (Com informações do G1)
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