Depois de 4 dias de velório aberto em que o caixão foi visitado por cerca de 400 mil pessoas (entre elas, mais de cem chefes de Estado e membros da realeza de todo o mundo) para homenagear a rainha Elizabeth II, o corpo da monarca será sepultado nesta segunda-feira (19) no Castelo de Windsor, que fica nos arredores de Londres.
O dia do funeral foi declarado feriado no Reino Unido e os eventos do dia foram planejados de maneira meticulosa durante anos, seguindo um cronograma com horários precisos.
Christina Heerey foi a última civil a passar pelo caixão de Elizabeth II, às 6h34, marcando o fim do velório aberto ao público. "Um verdadeiro privilégio. Eu me senti muito honrada por ter tido a oportunidade de poder ir lá e vê-la", disse Heerey em entrevista à "BBC".
Antes do funeral, o caixão ficou desde o dia 14 no Palácio de Westminster para receber homenagens do público. Para ver a rainha, no entanto, as pessoas tiveram que enfrentar filas de mais de 8 km e até 17 horas de espera.
Após uma procissão que acompanhou o caixão do salão onde foi o velório até a Abadia de Westminster, a cerimônia religiosa marca o início do funeral de Estado, onze dias após a morte da monarca.
Pela primeira vez, desde o início das cerimônias de despedida, os filhos mais velhos de William e Kate participaram de um ato oficial. Os príncipes George e Charlotte cortejaram o caixão da bisavó na entrada da Abadia de Westminster.
A cerimônia teve duração de aproximadamente uma hora. O sermão foi pronunciado pelo arcebispo de Canterbury e líder espiritual da Igreja Anglicana, Justin Welby.
Mais de cem presidentes, chefes de governo e membros da realeza de todos os continentes do mundo participam da cerimônia de funeral de Estado da rainha. Veja aqui fotos deles.
No final, após dois minutos de silêncio, a nova versão do hino nacional, agora com os dizeres "Deus salve o rei" foi tocado na missa, encerrando a cerimônia.
Após a missa, começou a primeira parte do cortejo até o Castelo de Windsor. Um trajeto de 2,5 km até o Arco de Wellington, acompanhado pelos quatro filhos da rainha, além dos netos William e Harry, suas esposas Kate e Meghan e dois de seus bisnetos, os príncipes George e Charlotte, filhos de William e Kate.
Sobre o caixão, além de um globo, o cetro e a coroa reais, foi colocado um buquê com um bilhete do rei Charles III, filho da monarca. O cartão diz: "In loving and devoted memory, Charles", que pode ser traduzido como "Em memória amorosa e devotada, Charles".
Além da família da rainha, participam do cortejo nada menos que 4 mil militares do Reino Unido e de países do Reino da Commonwealth - a comunidade de nações que fizeram parte do império britânico - além de funcionários próximos à monarca.
Depois, o caixão foi colocado em um carro para fazer o resto do trajeto, de mais de 30km e com duração prevista de 2 horas, chegando ao Castelo de Windsor por volta de 15h (11h em Brasília).
Após a chegada do caixão em Windsor, começa um cortejo até a Capela de São Jorge. O Rei Charles III e outros membros da família real acompanham a procissão pelo Castelo de Windsor até a entrada da capela.
Última cerimônia de uma série de eventos do funeral da rainha Elizabeth II acontece na Capela de São Jorge, local onde o corpo será sepultado. A missa conta com a presença da família real e de líderes mundiais.
A construção é dividida em duas grandes áreas. Parte dos convidados ficaram na nave, que é a porção inicial da capela. Na parte de trás, no coro, ficaram os membros da família real.
O caixão ficou posicionado no meio da área do coro. A coroa e o cetro reais e o globo religioso, itens que estavam sobre o caixão, foram levados para o altar no início da cerimônia. O rei Charles III colocou sobre o caixão um pano representando os guardas granadeiros, um dos mais antigos grupos da monarquia.
O Lord Chamberlain, o oficial mais graduado da casa real, então quebrou sua 'varinha de ofício', o que simboliza o fim de seu serviço à soberana, e a colocou no caixão.
Justin Welby, arcebispo de Canterbury, disse aos presentes que a dor sentida no Reino Unido e no mundo refletia a "vida abundante e serviço amoroso" da rainha.
A música que tocou no casamento da rainha em 1947 e sua coroação, seis anos depois, foi tocada novamente. A cerimônia religiosa terminou com o caixão descendo automaticamente por um elevador para a área do sepulcro.
A monarca ficará sepultada junto com os corpos de seu pai, o rei George VI, de sua mãe Elizabeth e as cinzas de sua irmã Margaret. O caixão de seu marido, o príncipe Philip, também ficará no local.
Essa última etapa do funeral acontece em uma cerimônia privada, somente com os membros da família real. Ela não será transmitida ao público. (Com informações do G1)
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