Durante o mês de julho, foram registrados 131 tiroteios em Salvador e região metropolitana. Ao todo, 108 pessoas foram baleadas, sendo 84 mortas e 24 feridas. Os dados fazem parte do primeiro balanço da violência armada lançado nesta segunda-feira (8) pelo Instituto Fogo Cruzado.
O Instituto começou a mapear a Bahia no último mês, onde atua em parceria com a Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas. Os dados também estão disponíveis na API do instituto, onde podem ser consultados de forma aberta e gratuita.
“Isso significa que, em média, três pessoas foram baleadas por dia, em alguma das 13 cidades da região metropolitana. Dentre estes números estão vidas e famílias como a dos gêmeos rifeiros, mortos após saírem de uma festa no subúrbio de Salvador. Ainda não se sabe os motivos ou autores do crime, o que deixa a família ainda mais abalada”, comenta Cecília Olliveira, diretora executiva do Instituto Fogo Cruzado.
Ela destaca ainda que Salvador despontou nesse primeiro mês no topo do ranking da violência armada na Bahia. “A cada 10 tiroteios na região metropolitana, oito aconteceram na cidade. A capital teve 105 tiroteios, 67 mortos e 20 feridos. São números bem graves, que indicam o tamanho do problema”.
O balanço mostra ainda que, dos 131 tiroteios mapeados em julho, 37 ocorreram durante ações ou operações policiais, deixando 25 pessoas mortas e seis feridas.
Entre a capital e a região metropolitana, os cinco mais afetados pela violência armada foram:
Salvador: 105 tiroteios, 67 mortos e 20 feridos
Camaçari: 12 tiroteios, 7 mortos e 1 feridos
Vera Cruz: 3 tiroteios, 3 mortos
Lauro de Freitas: 3 tiroteios e 3 feridos
Candeias: 2 tiroteios, 2 mortos
Esse é o primeiro relatório do Instituto Fogo Cruzado na Bahia. O aplicativo do Instituto funciona de forma colaborativa e anônima com registro de dados e informações sobre tiroteios e violência por arma de fogo.
Por meio das informações coletadas e de um mapeamento ativo, o Instituto realiza o levantamento e faz a contabilização, especificando as localidades e os recortes dos dados (chacinas, balas perdidas, tiroteios e outros indicadores).
O mapeamento pode ser acompanhado diariamente através do aplicativo disponível para Android e iOS ou no Twitter.
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