O Ministério Público Eleitoral (MPE) abriu, nesta terça-feira (23), um processo preparatório eleitoral para apurar suspeitas de abuso de poder político e econômico praticado pelo ex-diretor do Hospital Geral Menandro de Faria (HGMF), Ramon Nelson Bezerra, e pelo deputado estadual Alan Castro (PV).
A investigação, motivada por uma representação anônima e uma notícia de fato autuada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), tem como indícios irregularidades praticadas no âmbito da unidade hospitalar, em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador.
Segundo a denúncia ao qual o Bahia Notícias teve acesso, a efetivação de Ramon Nelson no cargo aconteceu por indicação do parlamentar. Assim, pacientes atendidos por ele, que também é médico, eram encaminhados para o equipamento de saúde de maneira direta para a realização de procedimentos cirúrgicos.
O suposto "esquema de fura-fila" teria beneficiado pacientes da clínica Aclidan, de propriedade de Alan. Enquanto isso, pacientes da região de Lauro de Freitas e Camaçari estariam aguardando numa fila para serem submetidos às cirurgias eletivas.
Ramon foi exonerado da direção do HGMF em julho deste ano, após um episódio em que um paciente que estava hospitalizado teve o órgão retirado e entregue aos familiares em um saco plástico (relembre aqui).
Na época em que foi demitido, numa leva em que outros aliados do Progressistas (PP) também deixaram seus postos no Executivo estadual, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que a saída "foi uma decisão a fim de aperfeiçoar a assistência na unidade".
Procurada pelo Bahia Notícias nesta quarta-feira, a secretaria não respondeu aos questionamentos enviados até o fechamento desta matéria. (Do Bahia Notícias)
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