O advogado de Laécio José Paim das Virgens Filho, preso na Tailândia, com outras duas jovens que moram na cidade de Feira de Santana, a 100 km de Salvador, conseguiu falar com o cliente quase dois meses após a prisão. O trio foi flagrado com cocaína nas bagagens no Aeroporto de Bangkok.
A prisão aconteceu no dia 13 de junho deste ano. A conversa foi por chamada de vídeo na madrugada de quarta-feira (10).
"Sobre o ocorrido, foi mais ou menos o que eu já imaginava, sobre a questão que ele foi usado como mula. Ele foi coagido a levar uma certa quantidade de cocaína para Tailândia e no momento em que estava fazendo check-out, no aeroporto de Bangkok, foi abordado pelos policiais e não hesitou em falar o que estava ocorrendo", disse o advogado Guilherme Cedraz.
Segundo o advogado, Laécio aguarda para ser ouvido pela primeira vez por um juiz tailandês. Nesta audiência, o rapaz, que não deu mais detalhes sobre o transporte da droga, já deve ser sentenciado.
Com o apoio de mais três advogados que estão na Tailândia, o objetivo da defesa é conseguir a pena mínima. "Estamos trabalhando, tentando entender de fato o caso, contactando testemunhas para saber de fato que ocorreu para a gente tentar manter uma pena mínima possível. Para esse tipo de delito na Tailândia são cinco anos", contou Guilherme Cedraz.
Com Laécio, foram presas também as irmãs Sâmia e Daiana Muritiba, representadas pela advogada Kaelly Cavoli moreira. De acordo com o advogado de Laécio, por causa do bom comportamento do cliente, é muito possível que o modelo seja absolvido em pouco tempo.
O Itamaraty, por meio da Embaixada em Bangkok, informou que acompanha a situação e presta assistência aos brasileiros, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local. O órgão disse também que não poderia passar informações detalhadas a respeito da prisão, de acordo com o direito à privacidade e conforme a Lei de Acesso à Informação.
O trio foi preso em flagrante no aeroporto de Bangkok, capital da Tailândia, por suspeita de tráfico internacional de drogas. A mãe de Samara Taxma Chalegre Muritiba e Daiana Chalegre Muritiba, identificada apenas como Soraia, confirmou a prisão e disse que não poderia fornecer mais informações por orientação de advogados. Segundo ela, as mulheres foram enganadas por um rapaz.
Não há detalhes sobre as circunstâncias que ocorreram a prisão, nem o vínculo entre Laécio José e as duas irmãs de Feira de Santana. Também não há informações se Laécio é o mesmo homem apontado pela mãe das garotas como responsável pelo crime.
Na Tailândia, conforme a lei do país, a cocaína - droga encontrada com o trio - pertence à categoria 2, e tem como pena máxima 15 anos de prisão.
No entanto, nenhum dos três suspeitos tem passagem pela polícia no Brasil. O que, no entendimento do especialista em direito internacional, Maurício Ejchel, é um fator positivo para o julgamento do trio feito pela Justiça tailandesa.
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