Por Jurema Cintra
Era o ano de 1995, Ingrid Katiuschia e Rogério Gomes eram adolescentes com com apenas 15 anos de idade quando se casaram. Em 2012 já com 17 anos de convivência marital, no dia 22/09/2012 Rogério atropelou a esposa de forma tão brutal que Ingrid ficou na UTI por mais de 60 dias em estado gravíssimo. O fato ficou conhecido como o atropelamento do Jardim do Ó.
Ingrid foi escalpelada, perdeu massa cefálica, teve esmagamento dos órgãos internos, quebrou a bacia em dezenas de partes, recebeu dezenas, bolsas de sangue e pasmem, o Hospital de Base perdeu seu prontuário. Assim, é o Brasil, se o SUS não funciona, os homicidas podem sair ilesos. Hoje Ingrid é uma pessoa inválida e com deficiência permanente constatada pelo INSS.
O Julgamento será nesta terça-feira, 26/07/2022 a partir das 08:30 no salão do Juri no Novo Fórum de Itabuna. A promotora que fará a acusação é a Dra, Larissa Avelar. Atuarão como assistentes de acusação as advogadas Jurema Cintra Barreto e Lara Kauark.
Dra. Jurema ressalta que o Brasil vem passando por uma onda terrível de violência contra as mulheres, e este caso é emblemático. Maridos não podem atropelar suas mulheres, deixar elas inválidas e ficar impunes. Assim foi o caso de Maria da Penha que está numa cadeira de rodas por conta da violência que sofreu.. “Esta história não pode se repetir em nossa cidade de Grapiúna. Mulheres advogadas estão empenhadas nesta condenação. Fazemos um apelo para que as mulheres, as estudantes de Itabuna, as donas de casa vão ao fórum para acompanhar o caso e usem roupa branca. Paz nos lares e homens conscientes, é o que mais defendemos”, afirma a advogada.