Em agosto do ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o YouTube cortasse a receita de canais amplificadores do discurso sobre fraudes nas urnas eletrônicas, decisão esta que impactou na renda de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que desde o segundo semestre aumentaram a demanda por financiamento.
Com isso, influenciadores bolsonaristas têm recorrido às doações por Pix para manter suas atividades com a proximidade da eleição.
Foram alvo da medida na época 14 canais, como Te Atualizei, Vlog do Lisboa, Folha Política, Giro Livre e Jornal Cidade Online. Também inclusos, Terça Livre, de Allan dos Santos, e o canal de Oswaldo Eustáquio foram suspensos do YouTube. Allan dos Santos segue foragido da Justiça Brasileira e mora nos Estados Unidos. Nesta terça-feira (12) o influenciador teve dois sites vinculados à Wix retirados do ar, e pediu ajuda aos seus seguidores para pagar o aluguel.
Alguns nomes da lista também são citados em inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) que investigam a disseminação de fake news e de atos antidemocráticos.
Desde a desmonetização, pedidos de doação via Pix viraram mandatórios em canais de todo porte. Levantamento da consultoria de análise de dados Novelo Data, a pedido do jornal Folha de S.Paulo, mostra uma explosão de menções ao Pix em perfis da extrema direita no YouTube no período.
Além de dinheiro para manterem suas estruturas, youtubers pedem repasses para outras finalidades, como um eventual pagamento da multa do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). Também ventilam a ideia de “Pix como voto impresso”, publicada ao menos 300 vezes nos principais grupos de Telegram da militância.
A ideia é que Bolsonaro crie uma conta bancária para cada eleitor fazer um Pix de R$ 1. O comprovante da transferência serviria como uma réplica de voto impresso “para contestar possível fraude eleitoral”.
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