Três torcedores do Boca Juniors foram presos durante o jogo entre o time argentino e o Corinthians, nesta terça-feira, em Itaquera, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. De acordo com informações da secretaria de segurança pública de São Paulo, eles estão na carceragem do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas).
Segundo o delegado Cesar Saad, da Delegacia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), dois torcedores foram filmados imitando macaco na direção dos corintianos. Estes acabaram enquadrados no crime de injúria racial e terão de pagar fiança de R$ 20 mil para responderem o processo em liberdade.
O outro foi flagrado fazendo uma saudação nazista. Em uma primeira informação do delegado, o torcedor seria enquadrado em apologia ao crime, que é inafiançável. O argentino chegou a alegar que estava mandando beijos aos corintianos.
Horas depois, a situação mudou. Segundo o representante da Defensoria Pública do Estado de São Paulo na arena, o argentino foi enquadrado no crime de racismo, mas também podendo pagar fiança (R$ 20 mil) para ficar em liberdade.
- Três homens foram presos em flagrante, dois por injúria racial e um por racismo, na noite desta terça-feira (28) em um estádio de futebol, em Itaquera, zona leste da capital. Os autores foram conduzidos à sede da 6ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), onde o caso foi registrado. Eles permanecem à disposição da Justiça na carceragem do DOPE - informou a Secretaria da Segurança Pública, em nota divulgada à imprensa.
Dois torcedores do Boca Juniors, um deles familiar de um dos presos, se comprometeram a pagar a fiança de um dos que imitou macaco e do homem que fez a saudação nazista.
Outros três torcedores do Boca foram detidos e levados ao Jecrim (Juizado Especial Criminal) no estádio e, horas depois do jogo, acabaram liberados. Há também um argentino que não foi encontrado pelos policiais depois de ser gravado fazendo gestos racistas.
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