A cidade de Aurelino Leal, no sul da Bahia, é a terceira cidade mais violenta do Brasil, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública nesta terça-feira (28).
De acordo a pesquisa, compõe o ranking das cidades mais violentas do país as que têm a média móvel de mortes superior a 100 homicídios para cada 100 mil habitantes entre 2019 e 2021. No início desse mês, um corpo de um advogado foi encontrado carbonizado dentro de um veículo na cidade.
Em 2021, como mostrou o Anuário de Segurança Pública, o Brasil teve o menor número de homicídios dos últimos dez anos. A taxa de assassinatos, porém, ainda é de 130 por dia.
Para o diretor-presidente do Fórum, o sociólogo Renato Sérgio de Lima, a redução da violência no país é positiva, mas insuficiente para reduzir o nível de violência nos pequenos municípios. “A gente percebe que a redução da violência no Brasil é positiva, mas insuficiente para reduzir o nível de violência nesses pequenos municípios. Há um quadro bastante preocupante de medo, insegurança e violência”.
No total, 30 municípios brasileiros registraram média móvel superior a 100 homicídios para cada 100 mil habitantes entre 2019 e 2021. A cidade mais violenta do país no período foi São João do Jaguaribe (CE), seguida por Jacareacanga (PA), Aurelino Leal (BA), Santa Luzia D’Oeste (RO), São Felipe D’Oeste (RO) e Floresta do Araguaia (PA).
De acordo com a pesquisa, das 30 cidades com mais mortes violentas no país, cinco estão na Bahia: Aurelino Leal, Jussari, Itaju do Colônia, Wenceslau Guimarães e Santa Cruz Cabrália.
Obviamente, megalópoles como Salvador, Feira de Santana, Itabuna, Ilhéus e Vitória da Conquista apresentam índices superiores de homicídios e crimes violentos em geral, mas suas respectivas populações são consideravelmente maiores que as das cidades citadas acima. Como o estudo avalia k índice de crimes relacionado à média populacional, cidades de menor porte acabam ganhando destaque negativo nesse modo de mensurar.
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