O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou um prazo de 15 dias para que a Polícia Federal (PF) apresente um relatório “minucioso” com o material obtido por quebra de sigilo de mensagens no inquérito que apura a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL) no vazamento de dados sigilosos.
A decisão ocorre após a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir o arquivamento do caso, enquanto a PF apontou indícios de crime de Bolsonaro ao divulgar em uma live informações sigilosas relacionadas a uma investigação sobre as eleições de 2018.
O ministro do Supremo defendeu que o relatório é importante para a análise da PGR. “A Polícia Federal, ao concluir a investigação encaminhou as mídias que contém o material obtido da quebra de sigilo telemático, não elaborando, entretanto, relatório específico da referida diligência, essencial para a completa análise dos elementos de prova pela Procuradoria-Geral da República”, argumentou Moraes na decisão.
“Dessa maneira, oficie-se à autoridade policial, Delegado de Polícia Federal Fábio Alvarez Shor, para que encaminhe aos autos, no prazo de 15 (quinze) dias, relatório minucioso de análise de todo o material colhido a partir da determinação da quebra de sigilo telemático, preservado o sigilo das informações”, diz o texto.
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