terça-feira, 26 de abril de 2022

Três morrem e 12 são presos em operação contra quadrilha que 'julgava' e matava rivais, em Salvador e região metropolitana

Três pessoas morreram e outras 12 foram presas durante uma operação da Polícia Civil, iniciada na manhã desta terça-feira (26), em Salvador e Camaçari, que ficam na região metropolitana. Eles faziam parte de um grupo criminoso investigado por "julgar" e matar rivais.

Das 12 prisões, 11 foram por mandado de prisão e a restante aconteceu em flagrante. Segundo a polícia, os três homens que trocaram tiros com os policiais e acabaram atingidos, foram socorridos para unidades de saúde, mas não resistiram.

A polícia informou também que os mortos estão envolvidos com as mortes do percussionista Renato Santos Evangelista Sobrinho, em dezembro do ano passado, e do guarda municipal Tiago Duarte Banhara, em fevereiro deste ano. 

De acordo com a Polícia Civil, essa organização criminosa atua no tráfico de drogas e homicídios, além de outros crimes violentos. Além dos rivais, a polícia informou que a quadrilha também matava pessoas que se opunham à suas práticas criminosas.

Batizada de Operação Disciplina, a ação é coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). Mais de 200 policiais de vários departamentos participam da operação.

Vítimas da quadrilha

Entre as vítimas da quadrilha estão o músico Renato Santos Evangelista Sobrinho e o guarda municipal Tiago Duarte Banhara. A motivação dos dois crimes ainda não foi divulgada pela Polícia Civil.

Renato desapareceu no dia 21 de novembro de 2021, depois de fazer um show em Vila de Abrantes, no município de Camaçari. A família chegou a registrar um boletim de ocorrência na delegacia da cidade.

Semanas depois do sumiço de Renato, começou a circular na internet um vídeo da quadrilha torturando e executando o músico. A família viu as imagens e confirmou que se tratava do músico, mas a polícia nunca confirmou as informações. O corpo da vítima ainda não foi encontrado.

Já em fevereiro deste ano, o Tiago foi encontrado morto sem roupas, com as mãos amarradas e marcas de tiros. Ele também estava em Vilas de Abrantes, em um bar com a namorada, quando foi abordado por homens, na noite do dia 4.

Testemunhas contaram que o guarda municipal foi imobilizado com um golpe mata-leão. Em seguida, os suspeitos fugiram do local com Tiago Banhara, no carro da vítima, que foi encontrada sem vida horas depois. Fonte: G1/Bahia

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