De R$ 7,00 em média para até R$ 8,14, de um dia para o outro. Sem aviso prévio e sem maiores justificativas, a não ser a de que o novo preço é um reflexo da guerra Rússia x Ucrânia. O itabunense, que já não tinha um minuto de paz, agora já não pode procurar essa paz montado no calhambeque.
O detalhe é que não se ouviu falar em aumento de preços baseado em um aumento na distribuidora, ou que tenha sido anunciado pela Petrobrás.
O que parece é que o setor de combustíveis, ao ser desregulamentado a partir de 2016, chegou no ponto em que a hiperdesregulamentação descambou para o vale-tudo. Aumenta-se o preço ao bel-prazer, com a desculpa de uma guerra que não atingiu – ainda – o abastecimento nacional. O que se tem é especulação, pura e simples.
Frentistas, também atônitos com o aumento repentino, estão aconselhando a abastecer com etanol, cujo preço está abaixo de 70% do da gasolina, enquanto confidenciam que não haveria motivos para o aumento. Nem pela guerra. “Não sei de onde tiraram esse aumento”, desculpa-se um, ao ser perguntado.
Um grupo de motoristas, incluindo os de aplicativos, está programando um protesto para esta segunda-feira (7). As estratégias discutidas incluem boicote de abastecimento a manifestação na porta da distribuidora, localizada em Itabuna, que fornece combustível para mais de 60 municípios.
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